• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Passos Coelho diz querer tirar o país do pântano

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,987
Gostos Recebidos
347
No encerramento das Jornadas Parlamentares

Pedro Passos Coelho insistiu hoje, em Braga, na necessidade de se fazer a reforma urgente do sector empresarial do Estado, mas evitou falar de despedimentos na função pública, embora tenha advertido que se as reformas na saúde, na justiça e na educação não forem feitas o caminho dos despedimentos será inevitável.

“Se continuarmos a não fazer as reformas que são necessárias, um dia aparecerá uma instituição a dizer 'os senhores têm de fazer como outros países que despediram pessoas na função pública'. Mas esse não é o caminho que queremos fazer”, esclareceu.

No discurso de encerramento das Jornadas Parlamentares do PSD, hoje em Braga, o presidente dos sociais-democratas prometeu “vigilância apertada” por parte dos deputados à acção governativa de José Sócrates e afirmou que ninguém pode criticar o PSD de ter “a ousadia de querer tirar o pais do pântano”.

“O tempo que estamos a viver é um tempo em que é preciso ter realismo na identificação dos problemas, é preciso ser decidido na tomada de caminhos e de acções que possam responder aos verdadeiros problemas e é preciso não perder o sentido de oportunidade”, declarou, insurgindo-se contra o “calculismo partidário, a propaganda, o faz de conta”.

“Ao fim de 15 anos em Portugal já chega de faz de conta, não podemos sempre fazer de conta que as coisas não são o que são”, argumentou. Ao longo de 40 minutos, Passos Coelho fez uma avaliação negativa da governação socialista e declarou mesmo que se Portugal “não tivesse a ter a ajuda europeia importante que já se faz sentir, seja na banca seja ao nível da dívida soberana, já tínhamos colapsado financeiramente”.

“É importante que se diga isto”, frisou, reprovando a atitude do Governo de andar pelo mundo inteiro de mão estendida para ver se nos compram a dívida - a única que o Governo sabe exportar”. E tratou de apontar o dedo ao Governo pela situação de endividamento em hoje se encontra. Ouviram-se as primeiras palmas na sala.

Contra as “reformas para Bruxelas ver”

Embalado, o líder social-democrata advertiu o Governo que “não é a fazer reformas para Bruxelas ver e não é esperando o apoio externo que Portugal vai fazer aquilo que precisa. O que nós precisamos rapidamente é de cumprir com a nossa palavra no que toca a atingir os objectivos que estão fixados para o défice e isso depende do Governo”. Mas para o presidente do PSD, é necessário também ir “à raiz dos problemas, fazer reformas fundas que representem um olhar diferente sobre o que é estruturante para a sociedade portuguesa”.

Perante os deputados, Passos Coelho voltou a falar da importância de o Governo apresentar um plano de reestruturação do sector público, identificando as “empresas que dão prejuízos crónicos”. E perdeu algum tempo a explicar a sua ideia, criticando ao mesmo tempo os partidos que à esquerda “tem dificuldade” em aceitar o que pretende com esta sua posição.

”Quando os desequilíbrios são grandes de mais e quando o sector público é demasiado pesado, há duas maneiras de resolver o assunto: uma é cortar salários e aumentar os impostos, a outra é reformar o Estado, racionalizá-lo e colocá-lo na proporção que a nossa produção de riqueza permite. É tão simples quanto isto. Não vale a pena estar aqui a escolher cuidadosamente as palavras”, sublinhou.

E tal como fizera momentos antes o líder da bancada parlamentar, Miguel Macedo, também Pedro Passos Coelho censurou o Governo por ao fim de três meses “nada ter dito relativamente à intenção de extinguir e fundir cerca de 50 organismos, serviços e empresas públicas”. O debate de urgência no Parlamento pedido pelo PSD segue dentro de momentos…

Jornal de Notícias
 
Topo