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No encerramento das Jornadas Parlamentares
Pedro Passos Coelho insistiu hoje, em Braga, na necessidade de se fazer a reforma urgente do sector empresarial do Estado, mas evitou falar de despedimentos na função pública, embora tenha advertido que se as reformas na saúde, na justiça e na educação não forem feitas o caminho dos despedimentos será inevitável.
“Se continuarmos a não fazer as reformas que são necessárias, um dia aparecerá uma instituição a dizer 'os senhores têm de fazer como outros países que despediram pessoas na função pública'. Mas esse não é o caminho que queremos fazer”, esclareceu.
No discurso de encerramento das Jornadas Parlamentares do PSD, hoje em Braga, o presidente dos sociais-democratas prometeu “vigilância apertada” por parte dos deputados à acção governativa de José Sócrates e afirmou que ninguém pode criticar o PSD de ter “a ousadia de querer tirar o pais do pântano”.
“O tempo que estamos a viver é um tempo em que é preciso ter realismo na identificação dos problemas, é preciso ser decidido na tomada de caminhos e de acções que possam responder aos verdadeiros problemas e é preciso não perder o sentido de oportunidade”, declarou, insurgindo-se contra o “calculismo partidário, a propaganda, o faz de conta”.
“Ao fim de 15 anos em Portugal já chega de faz de conta, não podemos sempre fazer de conta que as coisas não são o que são”, argumentou. Ao longo de 40 minutos, Passos Coelho fez uma avaliação negativa da governação socialista e declarou mesmo que se Portugal “não tivesse a ter a ajuda europeia importante que já se faz sentir, seja na banca seja ao nível da dívida soberana, já tínhamos colapsado financeiramente”.
“É importante que se diga isto”, frisou, reprovando a atitude do Governo de andar pelo mundo inteiro de mão estendida para ver se nos compram a dívida - a única que o Governo sabe exportar”. E tratou de apontar o dedo ao Governo pela situação de endividamento em hoje se encontra. Ouviram-se as primeiras palmas na sala.
Contra as “reformas para Bruxelas ver”
Embalado, o líder social-democrata advertiu o Governo que “não é a fazer reformas para Bruxelas ver e não é esperando o apoio externo que Portugal vai fazer aquilo que precisa. O que nós precisamos rapidamente é de cumprir com a nossa palavra no que toca a atingir os objectivos que estão fixados para o défice e isso depende do Governo”. Mas para o presidente do PSD, é necessário também ir “à raiz dos problemas, fazer reformas fundas que representem um olhar diferente sobre o que é estruturante para a sociedade portuguesa”.
Perante os deputados, Passos Coelho voltou a falar da importância de o Governo apresentar um plano de reestruturação do sector público, identificando as “empresas que dão prejuízos crónicos”. E perdeu algum tempo a explicar a sua ideia, criticando ao mesmo tempo os partidos que à esquerda “tem dificuldade” em aceitar o que pretende com esta sua posição.
”Quando os desequilíbrios são grandes de mais e quando o sector público é demasiado pesado, há duas maneiras de resolver o assunto: uma é cortar salários e aumentar os impostos, a outra é reformar o Estado, racionalizá-lo e colocá-lo na proporção que a nossa produção de riqueza permite. É tão simples quanto isto. Não vale a pena estar aqui a escolher cuidadosamente as palavras”, sublinhou.
E tal como fizera momentos antes o líder da bancada parlamentar, Miguel Macedo, também Pedro Passos Coelho censurou o Governo por ao fim de três meses “nada ter dito relativamente à intenção de extinguir e fundir cerca de 50 organismos, serviços e empresas públicas”. O debate de urgência no Parlamento pedido pelo PSD segue dentro de momentos…
Jornal de Notícias
Pedro Passos Coelho insistiu hoje, em Braga, na necessidade de se fazer a reforma urgente do sector empresarial do Estado, mas evitou falar de despedimentos na função pública, embora tenha advertido que se as reformas na saúde, na justiça e na educação não forem feitas o caminho dos despedimentos será inevitável.
“Se continuarmos a não fazer as reformas que são necessárias, um dia aparecerá uma instituição a dizer 'os senhores têm de fazer como outros países que despediram pessoas na função pública'. Mas esse não é o caminho que queremos fazer”, esclareceu.
No discurso de encerramento das Jornadas Parlamentares do PSD, hoje em Braga, o presidente dos sociais-democratas prometeu “vigilância apertada” por parte dos deputados à acção governativa de José Sócrates e afirmou que ninguém pode criticar o PSD de ter “a ousadia de querer tirar o pais do pântano”.
“O tempo que estamos a viver é um tempo em que é preciso ter realismo na identificação dos problemas, é preciso ser decidido na tomada de caminhos e de acções que possam responder aos verdadeiros problemas e é preciso não perder o sentido de oportunidade”, declarou, insurgindo-se contra o “calculismo partidário, a propaganda, o faz de conta”.
“Ao fim de 15 anos em Portugal já chega de faz de conta, não podemos sempre fazer de conta que as coisas não são o que são”, argumentou. Ao longo de 40 minutos, Passos Coelho fez uma avaliação negativa da governação socialista e declarou mesmo que se Portugal “não tivesse a ter a ajuda europeia importante que já se faz sentir, seja na banca seja ao nível da dívida soberana, já tínhamos colapsado financeiramente”.
“É importante que se diga isto”, frisou, reprovando a atitude do Governo de andar pelo mundo inteiro de mão estendida para ver se nos compram a dívida - a única que o Governo sabe exportar”. E tratou de apontar o dedo ao Governo pela situação de endividamento em hoje se encontra. Ouviram-se as primeiras palmas na sala.
Contra as “reformas para Bruxelas ver”
Embalado, o líder social-democrata advertiu o Governo que “não é a fazer reformas para Bruxelas ver e não é esperando o apoio externo que Portugal vai fazer aquilo que precisa. O que nós precisamos rapidamente é de cumprir com a nossa palavra no que toca a atingir os objectivos que estão fixados para o défice e isso depende do Governo”. Mas para o presidente do PSD, é necessário também ir “à raiz dos problemas, fazer reformas fundas que representem um olhar diferente sobre o que é estruturante para a sociedade portuguesa”.
Perante os deputados, Passos Coelho voltou a falar da importância de o Governo apresentar um plano de reestruturação do sector público, identificando as “empresas que dão prejuízos crónicos”. E perdeu algum tempo a explicar a sua ideia, criticando ao mesmo tempo os partidos que à esquerda “tem dificuldade” em aceitar o que pretende com esta sua posição.
”Quando os desequilíbrios são grandes de mais e quando o sector público é demasiado pesado, há duas maneiras de resolver o assunto: uma é cortar salários e aumentar os impostos, a outra é reformar o Estado, racionalizá-lo e colocá-lo na proporção que a nossa produção de riqueza permite. É tão simples quanto isto. Não vale a pena estar aqui a escolher cuidadosamente as palavras”, sublinhou.
E tal como fizera momentos antes o líder da bancada parlamentar, Miguel Macedo, também Pedro Passos Coelho censurou o Governo por ao fim de três meses “nada ter dito relativamente à intenção de extinguir e fundir cerca de 50 organismos, serviços e empresas públicas”. O debate de urgência no Parlamento pedido pelo PSD segue dentro de momentos…
Jornal de Notícias