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Jerónimo de Sousa considera "inqualificável" privatização da CP

florindo

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O secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, considerou hoje, quinta-feira, "inqualificável" a eventual privatização da CP e criticou a redução de salários e postos de trabalho, que disse ocorrerem "em nome do lucro".

O líder comunista reuniu-se hoje, quinta-feira, em Lisboa com representantes dos trabalhadores do sector ferroviário, debatendo problemas que afectam o sector e, em particular, a possível privatização da CP.

Jerónimo de Sousa lamentou que "uma empresa desta natureza, que é um bem precioso e que durante muitas décadas sempre prestou um serviço incontornável às populações, seja agora ameaçado por esta política de direita, pelo PS e pelo PSD".

Sobre as perspectivas de despedimento de várias centenas de trabalhadores da CP, Jerónimo de Sousa afirmou que, desde o 25 de Abril, tem havido "uma redução de milhares e milhares de trabalhadores" e que agora "chegou ao limite".

"Não se vê como é que se pode manter uma estrutura destas sem a sua maior riqueza, que são os trabalhadores", afirmou.

Jerónimo de Sousa referiu que o sector privado tem "apetência em relação a algumas linhas que são rentáveis, tendo em conta o número de pessoas que transportam", acrescentando compreender as preocupações dos trabalhadores, que "consideram inqualificável essa concepção de que em nome do lucro se reduzam postos de trabalho, salários e se privatize uma empresa com esta importância e tradição".

Em declarações à Lusa, José Manuel Oliveira, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário, considerou que "o caminho de ferro está perante um ataque bastante grande, que afecta trabalhadores, utentes e interesses do país".

Para o dirigente sindical, a privatização da CP não irá reduzir os custos do Estado.

"O Governo diz que é para diminuir os custos que o Estado tem com este sector, não é verdade. O Estado continua a pagar muito mais às empresas privadas do que às empresas públicas", afirmou José Manuel Oliveira.

Com a privatização, a gestão dos serviços ferroviários vai centrar-se "mais na lógica do lucro do que numa perspectiva de prestação de serviço social", considerou.

Jornal de Notícias
 
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