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Agressor de caricaturista dinamarquês considerado culpado de tentativa de homicídio e

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Out 11, 2006
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O somali Mohamed Geele foi considerado culpado de tentativa de homicídio contra o cartoonista dinamarquês Kurt Westergaard, autor das caricaturas do profeta Maomé que geraram uma forte contestação.

A pena só será conhecida esta sexta-feira, mas a acusação defende a condenação de Mohamed Geele, de 29 anos, a 12 anos de prisão, para além da expulsão da Dinamarca.

Geele terá entrado na casa do cartoonista dinamarquês a 1 de Janeiro de 2010 com a intenção de o agredir, mas Wetergaard, de 75 anos, conseguiu refugiar-se numa das divisões da casa preparada para situações de ameaça ou assaltos, uma sala de pânico. Ele foi o autor de um cartoon em que Maomé é representado com uma bomba no turbante e que gerou protestos em comunidades muçulmanas de todo o mundo.

“O tribunal decidiu que a tentativa de homicídio a 1 de Janeiro de 2010 contra Kurt Westergaard, que personificou a questão das caricaturas de Maomé, deve ser considerada uma tentativa de assustar a população a um nível elevado e de desestabilizar as estruturas da sociedade”, adiantou a juiz do tribunal de Aarhus, na Dinamarca, Ingrid Thorsboe, ao citar a definição de terrorismo introduzida na lei dinamarquesa em 2002, após os atentados de 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque.

Geele negou as acusações e disse que apenas quis assustar o cartoonista. A representante da acusação, Kirsten Dyrman, disse ter ficado “satisfeita com o veredicto, nomeadamente com a condenação por tentativa de terrorismo, uma vez que a acção de Mohamed Geele vai muito para lá de uma acção individual”. Considerou que Kurt Westergaard “é o símbolo dos valores da sociedade dinamarquesa e um ataque contra ele é um ataque contra os fundamentos democráticos da Dinamarca”.

O advogado de defesa, por sua vez, rejeitou o pedido de expulsão da Dinamarca feito pela acusação e apelou a uma pena máxima de seis anos de prisão. “Kurt Westergaard não foi agredido pessoalmente”, sublinhou Niels Strauss.

O caricaturista dinamarquês não esteve presente no tribunal, mas disse à AFP que Geele “se comportou como um terrorista, um combatente da guerra santa que vem matar um infiel”. E adiantou: “Não tinha outro objectivo senão matar-me e matar o símbolo da liberdade de expressão que eu represento”.

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