• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Serviços secretos americanos criticados por falharem alertas sobre Tunísia e Egipto

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,987
Gostos Recebidos
347
Os serviços de informações dos Estados Unidos estão a ser alvo de críticas por terem falhado nos alertas sobre as revoltas no Egipto e na Tunísia, noticia a AP.

O presidente Barack Obama fez saber ao director nacional de Informações, James Clapper, que estava "desapontado com o sistema das informações", por não ter previsto a eclosão das manifestações que conduziram ao derrube do presidente tunisino Zine el-Abidine Ben Ali.

Um dirigente, que falou sob condição de anonimato, acrescentou que também tinha havido poucos avisos antes dos tumultos no Egipto.

Senadores seniores, do comité das informações do Senado, estão a fazer perguntas sobre a data em que o presidente foi informado e o que lhe foi dito antes das revoltas no Egipto e na Tunísia.

A presidente do comité, a democrata Dianne Feinstein, afirmou que "estes acontecimentos não deveriam ter chegado com a surpresa com que chegaram" e acrescentou, durante uma entrevista, que "deveria ter havido muito mais preparação", até porque os manifestantes usaram a Internet e as redes sociais para se organizarem. "Havia alguém a observar o que se estava a passar na Internet?", questionou.

Stephanie O'Sullivan, dirigente de topo da CIA, disse aos senadores, na quinta-feira, que Obama fora alertado sobre a instabilidade no Egipto "no fim do último ano".

A Casa Branca tem rejeitado publicamente acusações de desempenho insuficiente dos serviços de informações no caso da Tunísia.

"Alguém no mundo previu que um vendedor de fruta na Tunísia se imolaria e desencadearia uma revolução? Não", disse um porta-voz da Casa Branca, Tommy Vietor.

"Mas têm os diplomatas e a comunidade das informações reportado ao longo de décadas sobre o descontentamento larvar na região? Sobre as mudanças demográficas, incluindo uma grande proporção de jovens? Sobre a frustração geral com as condições económicas e a falta de saídas políticas para exprimir essas frustrações? Absolutamente", acrescentou.

Bruce Riedel, antigo agente da CIA, afirmou que "tanto as comunidades de informações norte-americana como a israelita têm de se interrogar sobre o que falharam na Tunísia e no Egipto", questionando: "Estaremos demasiado fixados no terrorismo e no Irão e não o suficiente nas amplas mudanças geracionais na região?"

Jornal de Notícias
 
Topo