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Enquanto os Estados Unidos discutem com responsáveis egípcios uma possível partida imediata de Mubarak e a transferência do poder para um Governo de transição, dirigido pelo vice-presidente Omar Suleiman, o Nobel da Paz Mohamed El Baradei assume que está pronto para avançar se o povo assim o quiser.
"Não tenho objecções a apresentar-me como candidato à Presidência se o povo pedir", afirmou à televisão Al-Jazeera, no 11.º dia de contestação ao regime de Mubarak, apelidado de "dia da partida". "A minha prioridade é uma transição para um regime democrático no Egipto", acrescentou.
As declarações contrastam com aquilo que terá dito ao jornal austríaco "Der Standard": "Não, não vou concorrer. O melhor que posso fazer é agir como um agente para as mudanças".
Mas o primeiro-ministro egípcio, Ahmed Shafiq, considera "pouco provável" que Mubarak ceda o poder e mais improvável ainda passá-lo ao vice-presidente, Omar Suleiman, como teria sido cogitado pelos EUA e pela comunidade internacional, que continuam a fazer pressão pela transição imediata de poder.
Ontem, Obama voltou a afirmar que "o futuro do Egipto tem que começar agora e que deve ser decidido pelo povo". E deixou um aviso a Mubarak, dizendo-lhe que o país não poderá voltar aos "velhos hábitos".
Uma das possibilidades consideradas nas negociações com os EUA passaria por entregar o poder a Suleiman, que contaria com o apoio do chefe das Forças Armadas e do ministro da Defesa. O Governo interino incluiria elementos de diferentes grupos de Oposição, designadamente a Irmandade Muçulmana, até que as eleições fossem convocadas, em Setembro. O guia supremo da Irmandade, Mohammed Badie, disse estar pronto a dialogar com Suleiman, mas só após a saída de Mubarak.
Quem também está pronto a candidatar-se à sucessão é o chefe da Liga Árabe, Amr Moussa, muito popular no país. "Não acredito que Mubarak vá sair", disse Moussa, ressalvando que o caos instalado possa levá-lo a "tomar uma decisão diferente".
Entretanto, os líderes dos 27 países da União Europeia também pediram, ontem, uma transição democrática imediata. E, de maneira velada, a UE deixou pairar a ameaça de um corte da ajuda económica ao país, se os "compromissos" tomados pelo Cairo no que diz respeito à liberdade da população não forem cumpridos. No entanto, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, mostrou-se a favor de "uma transição democrática, mas sem ruptura com um presidente como Mubarak", que é "um homem sábio".
Jornal de Notícias
"Não tenho objecções a apresentar-me como candidato à Presidência se o povo pedir", afirmou à televisão Al-Jazeera, no 11.º dia de contestação ao regime de Mubarak, apelidado de "dia da partida". "A minha prioridade é uma transição para um regime democrático no Egipto", acrescentou.
As declarações contrastam com aquilo que terá dito ao jornal austríaco "Der Standard": "Não, não vou concorrer. O melhor que posso fazer é agir como um agente para as mudanças".
Mas o primeiro-ministro egípcio, Ahmed Shafiq, considera "pouco provável" que Mubarak ceda o poder e mais improvável ainda passá-lo ao vice-presidente, Omar Suleiman, como teria sido cogitado pelos EUA e pela comunidade internacional, que continuam a fazer pressão pela transição imediata de poder.
Ontem, Obama voltou a afirmar que "o futuro do Egipto tem que começar agora e que deve ser decidido pelo povo". E deixou um aviso a Mubarak, dizendo-lhe que o país não poderá voltar aos "velhos hábitos".
Uma das possibilidades consideradas nas negociações com os EUA passaria por entregar o poder a Suleiman, que contaria com o apoio do chefe das Forças Armadas e do ministro da Defesa. O Governo interino incluiria elementos de diferentes grupos de Oposição, designadamente a Irmandade Muçulmana, até que as eleições fossem convocadas, em Setembro. O guia supremo da Irmandade, Mohammed Badie, disse estar pronto a dialogar com Suleiman, mas só após a saída de Mubarak.
Quem também está pronto a candidatar-se à sucessão é o chefe da Liga Árabe, Amr Moussa, muito popular no país. "Não acredito que Mubarak vá sair", disse Moussa, ressalvando que o caos instalado possa levá-lo a "tomar uma decisão diferente".
Entretanto, os líderes dos 27 países da União Europeia também pediram, ontem, uma transição democrática imediata. E, de maneira velada, a UE deixou pairar a ameaça de um corte da ajuda económica ao país, se os "compromissos" tomados pelo Cairo no que diz respeito à liberdade da população não forem cumpridos. No entanto, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, mostrou-se a favor de "uma transição democrática, mas sem ruptura com um presidente como Mubarak", que é "um homem sábio".
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