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Restaurantes fazem menus económicos e festas para combater crise

florindo

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Out 11, 2006
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os restaurantes portugueses, a crise desafia a criatividade e os empresários tentam evitar quebras de facturação com menus económicos, festas temáticas, parcerias e contenção de custos.

No restaurante/marisqueira Mauritânia, em Leça da Palmeira (Matosinhos), que em 2010 conseguiu limitar a 10 por cento a quebra na facturação, a inovação tem sido a aposta, com festas temáticas e sushi no último domingo de cada mês.

«Também tentamos combater gastos supérfluos, fazendo coisas como, à tarde, desligar as luzes todas para tentar baixar o custo da electricidade, maximizar sinergias no uso de máquinas e equipamentos e por doseadores nas torneiras das casas de banho», disse à Lusa o proprietário, Nuno Rocha.

Para o empresário, «despedimentos e diminuição da qualidade dos produtos será sempre o último recurso, porque seria um tiro nos pés», assim como baixar os preços, «porque os custos com matérias-primas e fornecedores» não baixam.

«Temos, sim, de cativar os clientes com melhor serviço, qualidade e atendimento e ir quase buscá-los a casa, porque as pessoas olham para jantar fora já quase como um luxo e só vêm em ocasiões especiais, aniversários e fins-de-semana», admitiu.

Segundo Nuno Rocha, «isto coloca dificuldades na gestão da própria cozinha», porque o mesmo dia de semanas diferentes tem movimentos completamente opostos, obrigando a uma gestão criteriosa sob pena de se «ter muito prejuízo».

Muito criticados pelo empresário são os elevados custos fixos associados à restauração, alvo de «várias taxas e impostos camuflados, desde a água à luz, taxas de sanidade, taxas de rede, certificados de água ou de extintores» e direitos de autor.

«Em vez de diminuírem, este ano estes impostos aumentaram, o que dificulta ainda mais a gestão e o controlo de custos e é o nosso principal problema», sustentou.

Em contra ciclo com o mercado, o empresário da restauração Diogo Magno abriu, em Dezembro, o seu segundo restaurante no Porto, decidido a aproveitar as «sinergias» com a pizzaria que já detinha.

Tendo como lema «ir ao encontro do cliente em vez de esperar que o cliente apareça», os restaurantes Palla Pizza e À Palla apostam na Internet, Facebook, Hi5, SMS e protocolos com parceiros vários para atrair clientela.

«Somos agressivos no negócio, associamo-nos a quem nos traz gente e adaptamos o nosso orçamento de restauração aos clientes, em vez de usarmos uma tabela fixa», explicou.

Ainda assim, «nota-se muito a refeição e a bebida repartida, as meias doses que já dão para duas pessoas, a falta de pedido de couverts e os limites ao café e à sobremesa».

A estratégia seguida tem permitido ao empresário conter quebras na facturação, mas o mesmo não pode dizer-se da rentabilidade: «As nossas margens são cada vez menores e, se os nossos fornecedores aumentaram os preços por causa do IVA, nós não subimos os preços ao cliente».

Actualmente, a Palla Pizza ganha 1,5 a dois euros em cada pizza servida, quando a margem «já chegou a ser quase o triplo», mas está determinada a ver «até quando» consegue manter inalterada a tabela de preços.

«Acredito que quem nesta altura se mantiver sólido e se aguentar no mercado com um bom produto e um bom serviço vá ter casa cheia até ao resto da vida», defende o empresário.

Lusa/SOL
 
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