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Mais 19 euros na prestação de um crédito de 150 mil

florindo

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Euribor estão a aumentar e, com elas, o custo dos empréstimos para a casa

Devagar, mas sistematicamente, as taxas de juro no crédito à habitação têm vindo a aumentar. Deverão ficar longe dos máximos sentidos em 2008, mas tudo indica que as prestações da casa ficarão cada vez mais altas, à medida que o ano passa.

Na sexta-feira passada, as Euribor voltaram a subir e tudo indica que, nos próximos meses, mantenham essa tendência, mas em ritmo lento. É uma boa notícia para quem tem crédito à habitação, já que a taxa de juro da maioria das famílias está indexada à Euribor a três ou a seis meses.

A subida tem a ver com a expectativa de que a inflação cresça, explicou Abel Fernandes, da Faculdade de Economia do Porto: se os preços crescem, o Banco Central Europeu (BCE) aumenta as suas taxas directoras para o contrabalançar e, espera-se, a Banca europeia reage subindo também as taxas de juro a que empresta dinheiro entre si (as Euribor a vários prazos).

Acontece que, já na segunda metade do ano passado, se notou uma subida dos preços e essa tendência continuará este ano. Esta semana, o BCE decidiu manter a principal taxa directora ao sistema bancário em 1 %, valor que mantém desde Maio de 2009, mas notou que a inflação tem vindo a subir e é expectável que assim continue este ano, muito devido ao custo das matérias-primas, como o crude e os cereais.

Abel Fernandes explicou que, "se a inflação aumentar, é de esperar que o Banco Central Europeu suba as taxas directoras". Não o tem feito, nas últimas reuniões, disse, por uma razão: o crescimento económico da Europa é ainda demasiado débil para suportar taxas de juro mais altas, pelo que, tão cedo, o BCE não deverá mexer nas taxas directoras.

É pelo menos essa a expectativa que leva Abel Fernandes a acreditar que, se tudo se mantiver como agora está, as Euribor subirão, mas pouco, sendo improvável que voltem para os níveis de 2008, quando passaram 5 %.

Prestações aumentam

Para já, as subidas das prestações da casa têm sido graduais. Veja-se o caso dos empréstimos cuja prestação esteja agora a ser revista: quem pediu cem mil euros, por um prazo de 35 anos, com um "spread" de 1 %, terá um aumento de 7,50euro (a prestação será de 332 euro) se estiver indexado à Euribor a três meses; se o indexante for a Euribor a seis meses, a nova prestação subirá para 344 euros, mais 12,46euro por mês.

Quanto maior for o empréstimo, maior será o salto da prestação mensal. Num crédito de 150 mil euros, indexado à Euribor a três meses, a prestação subirá 11euro, para 498euro; se estiver ligado à Euribor a seis meses, passará a pagar 516euro, mais 19euro do que até agora.

Jornal de Notícias
 
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