• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

O bichinho do jazz

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,987
Gostos Recebidos
347
O projecto Banjazz - Um bichinho esquisito foi editado pelo Centro Cultural de Belém em CD. Jazz para a família ouvir no carro, enquanto não chegam mais concertos.

Bichos há muitos e não são só aqueles que o Timon e o Pumba comem no Rei Leão. Um bicho pode ser, por exemplo, o contrário de comer: pode ser aquela fome que se satisfaz ao pequeno-almoço, e a que por isso chamamos de mata-bicho. Pode ser aquele que a mamã chama de carpinteiro, quando tens energia pelo corpo inteiro. E pode ser aquele do Iran Costa, que felizmente não é da tua geração.

O verme invisível que queremos que conheças agora é o Banjazz - um bichinho esquisito. Assim se chama o projecto de jazz para crianças da temporada de 2009/2010 do Centro Cultural de Belém (CCB). Um espectáculo que marcou também presença no Festival Big Bang, o primeiro Festival Europeu de Música e Aventura para Crianças.

Mas do que se trata afinal este bichinho armado em esquisito? Tudo começou quando o CCB propôs a Maria Morbey que criasse um espectáculo de música e teatro para crianças. Entretanto o pai de Maria, que era o músico de jazz Francisco José Henriques (mais conhecido por Xico Zé) faleceu. E ela teve então a certeza de que o espectáculo seria uma homenagem ao pai, que por sua vez tinha escrito a canção Menina linda quando a filha nasceu.

Maria pegou nas letras e composições que Xico Zé tinha guardadas na gaveta e juntou-lhes outras de Manuel Bolinhas e Eduardo Alves. Depois cozinhou tudo muito bem com uma banda de jazz. E com a ajuda de Ricardo Gageiro na encenação, criou um espectáculo de música cheio de teatralidade.

Como o bichinho da música é de família, é a própria Maria Morbey a cantora do espectáculo. Por enquanto, o projecto não tem reposições previstas, mas de vez em quando a banda reúne-se para dar concertos. Pede aos teus pais para estarem atentos à agenda da Fábrica das Artes do CCB e até lá sempre podes ir decorando as canções através do CD e DVD à venda neste último, na Fnac e na Trem Azul.

Nós assistimos a uma das apresentações do projecto e deixámo-nos contagiar pelo ritmo do jazz. E sabes o que é tão bom neste espectáculo? É que também tu podes participar nele. Podes cantar, bater palmas e até tocar nos instrumentos da banda. Não há problema nenhum, sabes porquê? Porque o jazz tem a ver com a liberdade de experimentar. É por isso que não é considerado um estilo musical, mas uma linguagem. Tudo se resume a não ter medo de pôr os instrumentos a tocar. A vibração grave do contrabaixo. O sopro violento do saxofone. O sopro suave das flautas. A pulsação da bateria. O deslizar das teclas do piano. A brincar a brincar, a melodia vai-se compondo!

Quando deres por ti, tu que fazes birra ao almoço, vais estar a cantar alto e bom som a música da «sopinha de pedra, com couvinha e morcela» com a tua família e os teus amigos. É que o jazz não tem idades nem inimigos, é um bichinho que quando nasceu teve de lutar contra muitos preconceitos. (Um preconceito é aquilo que sentes em relação às ervilhas sem nunca as teres provado.)

No fundo, o jazz é um bichinho que de esquisitinho só tem o nome...

SOL
 
Topo