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Os protestos no Magreb e Médio Oriente vão ter consequências na Europa e particularmente em Portugal, prejudicando a economia, aumentando a migração e facilitando os ataques terroristas, considerou hoje à Lusa um especialista na região.
Os protestos contra os regimes e a consequente violência que se tem observado em países como a Tunísia e o Egipto «vão ter consequências para a Europa», afirmou o investigador do Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança (IPRIS) Diogo Noivo.
Segundo adiantou, o provável alargamento destes movimentos a outros países «torna toda a região muito preocupante» e terá «consequências em toda a Europa e em Portugal em particular».
Argélia, Líbia ou Marrocos poderão ser os próximos Estados a enfrentar confrontos políticos e civis, referiu o investigador, lembrando que qualquer destes países deve preocupar Portugal.
«Portugal tem, desde 2005, investido bastante no Magreb enquanto área privilegiada da política externa portuguesa», referiu Diogo noivo, acrescentando que Portugal «tem grandes investimentos em Marrocos, na Argélia e, no caso da Tunísia, Portugal era o quarto maior investidor directo».
Com a instabilidade e eventual queda de regimes registada nesses países, «os investimentos portugueses não estarão seguros e não têm capacidade de crescer e de oferecer as contrapartidas que eram pretendidas no início», explicou.
Por outro lado, os protestos e agitação no Magreb e Médio Oriente significam o aumento da imigração para a Europa, apontou o investigador.
«Quanto maior for a instabilidade naqueles países, maiores serão as vagas de imigração em direcção à Europa e isso criará com certeza problemas», disse.
O terceiro grande problema que poderá atormentar a Europa é o crescimento do terrorismo, realçou o especialista.
«A região, mesmo com aqueles regimes duros, tem fronteiras muito porosas e os grupos terroristas sempre aproveitaram isso a seu favor. Quanto maior é a instabilidade nestes países, maior a porosidade e maior a liberdade de movimento das organizações terroristas».
Na sexta-feira passada, o líder supremo iraniano disse que os protestos nos países árabes constituem um «despertar islâmico», mas o especialista considera a situação «pouco provável».
«As declarações do ayatollah [Ali Khamenei] explicam-se numa lógica de aproveitamento dos acontecimentos», afirmou, referindo que «o Irão está a tentar capitalizar o que aconteceu na Tunísia e o que está a acontecer no Egipto».
Lusa / SOL
Os protestos contra os regimes e a consequente violência que se tem observado em países como a Tunísia e o Egipto «vão ter consequências para a Europa», afirmou o investigador do Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança (IPRIS) Diogo Noivo.
Segundo adiantou, o provável alargamento destes movimentos a outros países «torna toda a região muito preocupante» e terá «consequências em toda a Europa e em Portugal em particular».
Argélia, Líbia ou Marrocos poderão ser os próximos Estados a enfrentar confrontos políticos e civis, referiu o investigador, lembrando que qualquer destes países deve preocupar Portugal.
«Portugal tem, desde 2005, investido bastante no Magreb enquanto área privilegiada da política externa portuguesa», referiu Diogo noivo, acrescentando que Portugal «tem grandes investimentos em Marrocos, na Argélia e, no caso da Tunísia, Portugal era o quarto maior investidor directo».
Com a instabilidade e eventual queda de regimes registada nesses países, «os investimentos portugueses não estarão seguros e não têm capacidade de crescer e de oferecer as contrapartidas que eram pretendidas no início», explicou.
Por outro lado, os protestos e agitação no Magreb e Médio Oriente significam o aumento da imigração para a Europa, apontou o investigador.
«Quanto maior for a instabilidade naqueles países, maiores serão as vagas de imigração em direcção à Europa e isso criará com certeza problemas», disse.
O terceiro grande problema que poderá atormentar a Europa é o crescimento do terrorismo, realçou o especialista.
«A região, mesmo com aqueles regimes duros, tem fronteiras muito porosas e os grupos terroristas sempre aproveitaram isso a seu favor. Quanto maior é a instabilidade nestes países, maior a porosidade e maior a liberdade de movimento das organizações terroristas».
Na sexta-feira passada, o líder supremo iraniano disse que os protestos nos países árabes constituem um «despertar islâmico», mas o especialista considera a situação «pouco provável».
«As declarações do ayatollah [Ali Khamenei] explicam-se numa lógica de aproveitamento dos acontecimentos», afirmou, referindo que «o Irão está a tentar capitalizar o que aconteceu na Tunísia e o que está a acontecer no Egipto».
Lusa / SOL