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Homicídio por negligência no choque em cadeia na A25

florindo

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A tragédia da A25, de Agosto passado, na qual morreram seis pessoas e outras sete dezenas ficaram feridas, já tem três arguidos. Estão indiciados pelo crime de homicídio por negligência. O inquérito policial ao primeiro dos dois acidentes foi já concluído.

Um emigrante em França é um dos três arguidos de um dos dois acidentes na zona das Talhadas, Sever do Vouga, que em Agosto do ano passado provocou uma tragédia na A25, segundo apurou o JN.

Está indiciado, tal como os outros dois arguidos, pelo crime de homicídio por negligência e poderá incorrer numa pena até três anos de prisão ou pena de multa ou até cinco anos de prisão no caso de negligência grosseira, segundo o Código Penal.

O inquérito ao acidente que ocorreu no sentido Aveiro-Viseu - o primeiro de uma tarde de tragédia -, no qual estiveram envolvidos 35 veículos ligeiros e pesados e que motivou a audição de cerca de oito dezenas de pessoas já foi concluído pelo Núcleo de Investigação de Acidentes da GNR e remetido ao Ministério Publico da comarca do Baixo Vouga para dedução de acusação, o que deverá ocorrer antes do período de férias judiciais.

Neste acidente houve a registar três vítimas mortais, duas das quais, de Arcozelo das Maias, Oliveira de Frades, acabaram carbonizadas e só foram reconhecidas dias mais tarde na delegação de Aveiro do Instituto de Medicina Legal, após a realização de testes de ADN.

Os três arguidos são suspeitos de terem praticado uma condução negligente, nada adequada ao estado da via e à intensidade de tráfego, numa altura em que a zona das Talhadas, na A25, estava coberta de nevoeiro e chovia.

Um dos arguidos é o condutor de um camião que embateu na traseira de um ligeiro e fez com que este embatesse num outro e o projectasse contra outro veículo que se incendiou. Os outros dois arguidos, um homem e uma mulher, são condutores de dois ligeiros. Todos estão sujeitos à medida mínima de coacção: termo de identidade e residência.

O inquérito ao outro acidente (sentido Viseu-Aveiro) do qual resultaram também seis vítimas mortais, entre as quais uma criança de oito anos, de Viseu, só estará concluído dentro de um mês, admitiu ao JN uma fonte policial.

A investigação policial aos dois acidentes mobilizou uma equipa exclusiva do Núcleo de Investigação Criminal de Acidentes do Destacamento de Trânsito da GNR de Aveiro que teve que ser assessorado por técnicos, alguns dos quais do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

Mais de uma centena de pessoas de quase todo o país tiveram que ser ouvidas no inquérito, para além de alguns cidadãos espanhóis e vários emigrantes portugueses em França.

A possibilidade de uma reconstituição na A25 dos dois acidentes nunca chegou a ser encarada pela investigação policial, dado o número de veículos automóveis envolvidos.

A conclusão dos dois inquéritos está dentro do prazo avançado em Agosto pelo comandante do Destacamento de Trânsito da GNR de Aveiro, capitão Vasco Dias, que afirmou na altura que os trabalhos de investigação decorreriam até ao princípio do corrente ano.

Jornal de Notícias
 
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