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Inspector da PJ julgado por tiros em assaltante

florindo

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Por causa de tiros desferidos numa operação de detenção de um grupo de assaltantes à mão armada, no Bairro do Lagarteiro, no Porto, em Outubro de 2006, um inspector do combate ao banditismo da Polícia Judiciária do Porto está a ser julgado.

É acusado de dois crimes de ofensa à integridade física agravada e um de dano - por estragos na viatura dos suspeitos, que vieram a ser condenados por roubos violentos.

Na sequência da operação de detenção, o agora queixoso foi hospitalizado com cinco tiros.

Ontem, nas alegações finais do caso, nas Varas Criminais do Porto, o Ministério Público pediu uma condenação pelos "mínimos legais".

"Era-lhe exigível um controlo, calma e frieza que não soube manter", disse a procuradora, dizendo ter verificado "incongruências" na versão do investigador, que alegou ter disparado para imobilizar o carro dos assaltantes, perante uma tentativa de atropelamento de dois outros colegas e por ter visto o suspeito a tentar sacar uma arma. Legítima defesa, portanto.

"Estes homens não estão sentados numa secretária, a tratar de crime informático ou furto de automóveis... São do combate ao banditismo e tratam da detenção de gente muito perigosa! Se não têm cuidado, são abatidos a tiro como cães! Noventa por cento dos inspectores assassinados são desta secção", argumentou, por sua vez, José Pedro Gomes, advogado do inspector Paulo Alves, que esteve sempre acompanhado de vários colegas da PJ.

O causídico insurgiu-se ainda contra a desconfiança evidenciada na versão, sempre uniforme, do inspector e enfatizou ser "uma vergonha" a punição, na PJ, em processo disciplinar, a multa de 1500 euros.

O gangue que veio a ser detido naquela operação policial era constituído por cinco indivíduos de nacionalidade brasileira e um moçambicano. A decisão será lida no próximo dia 28.

Jornal de Notícias
 
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