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Valor das burlas informáticas supera total dos os roubos investigados pela PJ

florindo

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As burlas informáticas cometidas através da Internet tiveram um crescimento acentuado até 2009 em Portugal, mas diminuíram em 2010, devido à experiência acumulada pela Judiciária no combate a esta criminalidade, considera um responsável desta polícia.

Em causa nas burlas informáticas está a transacção fraudulenta de inúmeros bens de consumo, desde medicamentos, telemóveis ou máquinas fotografias até carros e apartamentos que, "pelo valor que envolve, é o que mais mossa causa à vítima e o que mais tem aumentado", disse o inspector-chefe António Gonçalves, da Directoria do Centro da Polícia Judiciária (PJ), que falava à agência Lusa a propósito do Dia Europeu da Internet Segura, que se assinala hoje.

"Esse aumento estava a generalizar-se até finais de 2009 mas no ano passado, graças quer à experiência que os funcionários [da PJ] adquiriram, quer à formação e empenho que tiveram, conseguimos um abaixamento desse tipo de criminalidade", adiantou.

Na área geográfica da Directoria do Centro da PJ os processos por burlas informáticas totalizaram, em 2010, cerca de 750 mil euros de prejuízos causados às vítimas, quando em 2009 esse valor tinha sido de 1,2 milhões de euros.

"É muito, mas muito mais do que todos os roubos que investigámos" nesses períodos, assinalou António Gonçalves.

O inspector lembra que a segurança na Internet tem constituído "uma aposta" da PJ, através de acções dirigidas à comunidade escolar.

"Muitas vezes por desconhecimento, os mais jovens acabam por ter alguns problemas por utilizarem a Internet sem regras", frisou.

Nas sessões, "muito participativas", os jovens colocam habitualmente "questões de fronteira": pretendem saber quais os "limites" do permitido.

"Há uma grande preocupação em saber se podem tirar filmes e músicas da Internet. No fundo querem saber quais são os limites. Alguns deles, se calhar, para os ultrapassar logo a seguir", observou.

O trabalho de sensibilização para os perigos da Internet "tem de ser contínuo" e "começar em casa", defendeu, embora assumindo que os filhos "estão muito mais à vontade" frente a um computador do que os pais.

"Há mais dificuldade em impor determinados limites quando os próprios pais desconhecem os perigos que a tecnologia apresenta", sublinhou.

Já as crianças mais pequenas representam "o maior desafio" de quem defende a utilização da Internet "com parcimónia, regras e cuidados".

Segundo o inspector-chefe da PJ, os mais novos "têm a disponibilidade, têm a ferramenta, todo o tempo do mundo e curiosidade", mas não avaliam os riscos.

Perante uma mensagem de instalação de um programa, "um miúdo opta sempre por instalar seja lá o que for. E vai carregando 'ok,ok,ok' até aquilo terminar, sem saber avaliar o risco que corre", alegou.

As acções de sensibilização, garantiu, não se destinam a impedir a utilização da Internet pelos mais jovens: "Antes pelo contrario. É uma ferramenta que lhes permite ter acesso a informação que, há dez anos, só um número muito reduzido de pessoas tinha. Quando bem utilizada é uma ferramenta fantástica, quando mal utilizada é uma arma poderosíssima".

Jornal de Notícias
 
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