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Barcelona: Xavi revela o jogo da vida dele e o melhor médio que viu em 20 anos

florindo

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E ainda qual é o melhor exercício para aquele estilo do Barcelona

O jogo dos 5-0 ao Real Madrid foi o melhor da vida de Xavi. É o médio do Barcelona quem o diz, numa entrevista ao «Guardian» em que explica o seu futebol com paixão e profundidade, Xavi escolhe também o melhor médio-centro que viu jogar. Imagina? É Scholes.

«Aquele jogo foi maravilhoso, o melhor que joguei. O sentimento de superioridade foi incrível - e contra o Real Madrid! Eles não tocaram na bola. Madre mia, que jogo! No balneário, brindámo-nos a nós próprios com uma ovação de pé», conta.

O Barcelona é a equipa de referência para o Mundo neste momento, e Xavi diz que é bom que assim seja. Por uma questão de princípio. «É bom que o ponto de referência para o futebol mundial seja o Barcelona, ou seja a Espanha. Não só porque é nosso, mas por causa do que é. Porque é futebol de ataque, não é especulativo, não espera», diz.

E Xavi conta como isso começa na escola, em «La Masia». «Algumas academias de formação preocupam-se em ganhar, nós preocupamo-nos com a educação. Vemos um miúdo que levanta a cabeça, passa à primeira e pensamos: 'Sim, vai dar'. O nosso modelo foi imposto pelo Cruijff. É um modelo do Ajax. Anda tudo à volta de meiinhos. Rondo, rondo, rondo. Sempre, todos os dias. É o melhor exercício que há. Aprendemos a ser responsáveis e a não perder a bola. Se perdermos a bola vamos para o meio. Pum-pum-pum-pum, sempre um toque. Se vamos para o meio é humilhante, os outros riem-se de nós.»

Quanto a si próprio, Xavi conta como é em campo. «O que faço é procurar espaços. A toda a hora. Estou sempre à procura. A toda a hora, a toda a hora. Aqui? Não. Ali? Não. As pessoas que não jogaram nem sempre percebem como é difícil. Espaço, espaço, espaço. É como na PlayStation. Penso merda, o defesa está aqui, jogo para ali. Vejo o espaço e passo.»

Ter vários companheiros com quem jogar esse jogo ajuda, diz Xavi. Que revela ainda ter uma espécie de esquema de compensações em campo. «Há tantas opções de passe. Às vezes, até penso para comigo: o não-sei-quem vai ficar aborrecido porque fiz três passes e ainda não lhe dei a bola. É melhor dá-la ao Dani Alves, porque ele já subiu pela ala três vezes. Quando o Messi não está envolvido, é como se ficasse aborrecido... e então o próximo passe é para ele.»

«O sucesso validou a nossa abordagem», continua: «Fico feliz, de um ponto de vista egoísta, porque há seis anos eu estava extinto; os jogadores como eu estavam em vias de extinção. Resumia-se a jogadores de dois metros, força, no meio, derrubes, segundas bolas, ressaltos...»

«Sou um romântico. Gosto que o talento, a habilidade técnica, sejam valorizados sobre a condição física», admite. E recorda o duelo da época passada com o Inter de José Mourinho: «O resultado é um impostor. Podemos fazer as coisas muito bem - no ano passado fomos melhores que o Inter -, mas não ganhar. Há algo maior que o resultado, mais duradouro. Um legado. O Inter ganhou a Liga dos Campeões, mas ninguém fala deles.»

Xavi admite, no entanto, que a filosofia do Barcelona precisa de resultados. «Se estivermos dois anos sem ganhar tem de mudar», diz. Só que não a todo o custo: «Mas mudam os nomes, não a identidade.»

A propósito do confronto com o Arsenal da Liga dos Campeões e do futebol inglês, Xavi deixa ainda na entrevista uma revelação, quando lhe perguntam se Paul Scholes, do Manchester United, é o Xavi inglês: «Paul Scholes! Um modelo. Para mim - e isto é mesmo sentido - ele é o melhor médio-centro que eu vi nos últimos 20 anos. Falei com o Xabi Alonso sobre ele. É espectacular, tem tudo: último passe, golos, é forte, não perde a bola, visão. Se fosse espanhol talvez tivesse sido mais valorizado. Os jogadores adoram-no.»

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