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A eurodeputada socialista Ana Gomes defendeu sexta-feira que "seria suicida da parte do PSD" votar a moção de censura que o Bloco de Esquerda vai apresentar em Março, "na pior altura possível" para Portugal, em vésperas de uma cimeira europeia "decisiva".
Na mesma linha, o presidente da distrital do PS de Setúbal, Vítor Ramalho, vaticina que a moção apresentada pelo BE está "votada ao insucesso", apelando à responsabilidade dos sociais-democratas.
Em declarações à Agência Lusa, em Bruxelas, Ana Gomes enfatizou que, em vésperas da chamada "cimeira da primavera" (a 24 e 25 de Março), para a qual está prevista a adopção de "medidas decisivas para a saída da crise" e para travar os "ataques ao euro", entre os quais dos especuladores a Portugal, uma eventual aprovação da moção de censura, que irá a votos a 10 de Março teria "consequências desastrosas".
Exactamente no dia seguinte à moção, a 11 de Março, os chefes de Estado e de Governo da Zona Euro vão reunir-se extradordinariamente em Bruxelas para acordar uma "resposta abrangente" à crise, a ser aprovada formalmente no Conselho Europeu dos dias 24 e 25.
"É o pior momento possível para desencadear uma crise política. Teria consequências desastrosas para todos os agentes económicos e para todos os portugueses", disse.
Segundo Ana Gomes, para um partido com as responsabilidades do PSD, ficar com o ónus da responsabilidade dessa crise seria "absolutamente suicida", o que não se aplica ao Bloco, que, segundo a eurodeputada, foi "movido por motivação tácticas", apenas "para tirar o tapete ao PCP", que também ameaçava a apresentação de uma moção.
A eurodeputada disse por isso não acreditar que o PSD vote a favor desta moção, "por mais avidez que tenha de chegar ao poder", e considerou "bastante significativo que o próprio (presidente do partido) Pedro Passos Coelho esteja a refrear os ânimos".
Já o presidente da distrital do PS de Setúbal, Vítor Ramalho, diz que a moção foi apresentada de forma "completamente inusitada", classificando-a de "inaceitável" e de "uma extraordinária gravidade", sobretudo com um pré-aviso de um mês, o que irá "desgastar" a credibilidade do país.
"[A moção] Está votada ao completo insucesso porque não tem a mínima credibilização perante a opinião pública. Se fizessem uma sondagem agora sobre esta tomada de posição do BE o povo censuraria de forma muito profunda", afirmou Vítor ramalho, em declarações à agência Lusa.
Reconhecendo que o PSD é "um partido responsável", o socialista manifestou-se convicto de que os sociais-democratas não estarão "ao lado" da moção de censura.
O líder do BE, Francisco Louçã, anunciou quinta-feira que vai apresentar uma moção de censura ao Governo para ser discutida e votada a 10 de Março, um dia depois de Cavaco Silva tomar posse para um segundo mandato como Presidente da República, voltando a ser possível a dissolução do Parlamento.
Jornal de Notícias
Na mesma linha, o presidente da distrital do PS de Setúbal, Vítor Ramalho, vaticina que a moção apresentada pelo BE está "votada ao insucesso", apelando à responsabilidade dos sociais-democratas.
Em declarações à Agência Lusa, em Bruxelas, Ana Gomes enfatizou que, em vésperas da chamada "cimeira da primavera" (a 24 e 25 de Março), para a qual está prevista a adopção de "medidas decisivas para a saída da crise" e para travar os "ataques ao euro", entre os quais dos especuladores a Portugal, uma eventual aprovação da moção de censura, que irá a votos a 10 de Março teria "consequências desastrosas".
Exactamente no dia seguinte à moção, a 11 de Março, os chefes de Estado e de Governo da Zona Euro vão reunir-se extradordinariamente em Bruxelas para acordar uma "resposta abrangente" à crise, a ser aprovada formalmente no Conselho Europeu dos dias 24 e 25.
"É o pior momento possível para desencadear uma crise política. Teria consequências desastrosas para todos os agentes económicos e para todos os portugueses", disse.
Segundo Ana Gomes, para um partido com as responsabilidades do PSD, ficar com o ónus da responsabilidade dessa crise seria "absolutamente suicida", o que não se aplica ao Bloco, que, segundo a eurodeputada, foi "movido por motivação tácticas", apenas "para tirar o tapete ao PCP", que também ameaçava a apresentação de uma moção.
A eurodeputada disse por isso não acreditar que o PSD vote a favor desta moção, "por mais avidez que tenha de chegar ao poder", e considerou "bastante significativo que o próprio (presidente do partido) Pedro Passos Coelho esteja a refrear os ânimos".
Já o presidente da distrital do PS de Setúbal, Vítor Ramalho, diz que a moção foi apresentada de forma "completamente inusitada", classificando-a de "inaceitável" e de "uma extraordinária gravidade", sobretudo com um pré-aviso de um mês, o que irá "desgastar" a credibilidade do país.
"[A moção] Está votada ao completo insucesso porque não tem a mínima credibilização perante a opinião pública. Se fizessem uma sondagem agora sobre esta tomada de posição do BE o povo censuraria de forma muito profunda", afirmou Vítor ramalho, em declarações à agência Lusa.
Reconhecendo que o PSD é "um partido responsável", o socialista manifestou-se convicto de que os sociais-democratas não estarão "ao lado" da moção de censura.
O líder do BE, Francisco Louçã, anunciou quinta-feira que vai apresentar uma moção de censura ao Governo para ser discutida e votada a 10 de Março, um dia depois de Cavaco Silva tomar posse para um segundo mandato como Presidente da República, voltando a ser possível a dissolução do Parlamento.
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