• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Posse de armas de fogo vai a votos na Suíça

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,987
Gostos Recebidos
347
Os suíços vão votar, domingo, em referendo, uma iniciativa popular que visa aumentar a fiscalização de armas de fogo no país, impedindo, por exemplo, que os militares na reserva as possam manter em casa.

A iniciativa "Para a protecção face à violência das armas" exige que as armas dos reservistas suíços passem a ser guardadas num armazém militar, que seja criado um registo centralizado a nível nacional e que nenhuma arma seja entregue aos soldados que deixam o exército, excepto aos atiradores desportivos licenciados.

A consulta popular de domingo foi apresentada por uma plataforma composta por cerca de 70 entidades, entre as quais organizações ligadas à igreja e às forças de segurança, organizações de paz e direitos humanos (incluindo a Amnistia Internacional), sindicatos ou associações de luta contra o suicídio.

Na Suíça, todos os cidadãos cumprem serviço militar no activo ou na reserva até aos 50 anos, período durante o qual guardam as suas armas em casa. Quando terminam o serviço, e caso respeitem as condições exigidas por lei, podem ficar com as respectivas armas.

A nível político, a iniciativa popular conta com o apoio dos partidos de esquerda. Mas o governo federal helvético e a maioria de direita do Parlamento são contra a proposta, argumentando que a legislação em vigor garante protecção suficiente contra o uso indevido das armas, segundo a imprensa helvética.

Nesse sentido, lembram, por exemplo, que os soldados não guardam as munições de guerra em casa e que aos reservistas com um risco psicológico, ainda que pequeno, não lhes é permitido manter as suas armas.

O governo federal e a maioria no Parlamento suíço também rejeitam a criação de um registo centralizado de armas, devido aos custos inerentes e ao receio de que o cadastro seja utilizado para outros fins que não apenas o controlo.

Os autores da iniciativa insistem que não querem a proibição total das armas na Suíça mas apenas "retirar de circulação as armas de fogo de fácil acesso", lê-se no texto divulgado por ocasião do lançamento da campanha.

As armas continuarão disponíveis para quem possa invocar motivos profissionais ou comerciais, aos caçadores, coleccionadores e atiradores desportivos, mas estes utilizadores "deverão justificar a necessidade e ter a capacidade devida", diz o texto.

Apesar de não existirem números oficiais, estima-se que existam entre 1,2 a 2 milhões de armas nos lares suíços.

Jornal de Notícias
 
Topo