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Obama: EUA vão auxiliar transição democrática no Egipto

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O Presidente dos Estados Unidos declarou que os militares egípcios serviram o país com patriotismo e responsabilidade e que estes devem agora encetar uma transição de poderes credível aos olhos do seu povo.

Considerando a renúncia do ditador Hosni Mubarak como apenas «o começo» de um processo de transformação no Egipto, Barack Obama pediu às forças armadas do Egipto, de momento detentoras do poder no país, que levantem o estado de emergência em vigor há três décadas.

«Os Estados Unidos continuarão a ser um amigo e um parceiro do Egipto. Estamos dispostos a auxiliar com o que for necessário e com o que nos for pedido para prosseguir com uma transição credível para a democracia», declarou Obama.

«Acredito que o povo egípcio encontrará forma de prosseguir este processo de forma pacífica e construtiva e dentro do espírito que demonstrou nas últimas semanas», acrescentou.

«O povo egípcio falou, e o Egipto nunca mais será o mesmo», afirmou o Presidente dos Estados Unidos.

Formalmente, Washington não reconhece regimes militares. Na prática, os Estados Unidos mantiveram o diálogo e mesmo uma estreita relação com regimes como, por exemplo, o Paquistão de Pervez Musharraf. Também do ponto de vista formal, a renúncia de Mubarak e a passagem de poderes ao conselho supremo das forças armadas egípcias aconteceu à margem dos preceitos constitucionais do país.

Nas últimas 24 horas, e de acordo com a imprensa norte-americana, a Casa Branca não falou oficialmente com nenhum líder militar egípcio.

Uma aliança próxima

Desde 1979, e após a assinatura do acordo de paz com Israel, o Egipto tornou-se o segundo maior destino da ajuda financeira militar dos Estados Unidos a um país estrangeiro - logo após a nação hebraica. Anualmente, o Cairo recebia até agora 1,5 mil milhões de euros do Pentágono.

O Egipto de Mubarak foi o primeiro país árabe a receber caças F-16 (240 aviões deste modelo da Lockheed Martin), tidos como símbolo da máquina militar norte-americana. As forças armadas egípcias dispõem ainda de mísseis Patriot e preparavam-se para comprar 1.200 sofisticados tanques M1A1 Abrams.

Em comparação, os Estados Unidos concedem anualmente àquele país apenas 180 milhões de euros em ajuda económica para outros fins.

Para 2011, Obama preparava-se para pedir ao Congresso para aprovar um novo pacote de apoio militar. Quando a Casa Branca já condenava publicamente a resposta musculada do regime de Mubarak ao início da vaga de protestos no Egipto, ainda choviam sobre os manifestantes granadas de gás lacrimogéneo de fabrico norte-americano.

Washington foi mesmo criticada por várias vozes da oposição egípcia pela postura ambígua das últimas semanas em relação a Mubarak, visitante frequente da Casa Branca. A mesma crítica foi dirigida à generalidade dos países europeus.

SOL com agências
 
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