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Repatriamento de corpos exige 30 embalsamamentos por ano

florindo

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Out 11, 2006
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Em sete mil autópsias realizadas anualmente, o Instituto de Medicina Legal faz cerca de 30 embalsamamentos, essencialmente em casos de pessoas que vivem no estrangeiro e que morrem em Portugal, quando há necessidade de repatriar os corpos.

O presidente do Instituto, Duarte Nuno Vieira, explicou à agência Lusa que há países em que a legislação obriga a que seja feito o embalsamamento dos corpos sempre que é necessário repatriamento.

Em Portugal não é obrigatório, mas há famílias que solicitam este serviço ao Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) para conservar os corpos até ao funeral.

"O processo de repatriação dos corpos demora sempre algum tempo e o embalsamamento visa preservá-los para que estejam em condições de que as famílias realizem as homenagens fúnebres", justifica Duarte Nuno Vieira.

São embalsamamentos que garantem uma preservação temporária, de alguns meses no máximo, apenas para esse fim. Cada um custa dez unidades de conta, o que representa mais de mil euros.

A seguir aos portugueses, são os brasileiros quem mais recorre ao INML a solicitar esta técnica.

As agências funerárias também estão autorizadas a realizar esta conservação temporária dos corpos, excepto nos casos de terem sido submetidos a autópsia, segundo um diploma de Outubro do ano passado.

Contudo, a Associação Nacional de Empresas Lutuosas (ANEL) lembra que ainda está por publicar a portaria que regulamenta esta prática pelos agentes funerários. "Aguardamos ansiosamente a portaria que vai regulamentar quem pode fazer, de que forma e em que locais", referiu Nuno Monteiro, responsável da ANEL.

Neste momento, lembra, há um vazio legal, que faz com que algumas agências pratiquem já a conservação temporária de cadáveres sem que estejam a incorrer em qualquer ilegalidade.

Só a agência funerária Servilusa realiza por ano cerca de dois mil embalsamamentos, a cerca de 800 euros cada.

Mas nem todos têm o objectivo de conservar o corpo por mais tempo. Muitos pretendem devolver o aspecto normal do cadáver tal como era em vida, de forma a "humanizar o velório", como explicou o director comercial da funerária, Paulo Carreira.

Para isto, a funerária formou oito pessoas em tanatopraxia, num processo que durou oito meses, com 800 horas de formação.

Jornal de Notícias
 
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