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A herdade do joãozinho

florindo

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Out 11, 2006
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Sabes, Leninha, que vou ser um grande lavrador? – dizia o Joãozito para a irmã.

Mas se ainda ontem pensavas em ser médico!?

Isso era ontem – respondeu o João. – Amanhã tu verás como a nossa vida vai mudar!

E enquanto ele se balançava no cavalo de pau, a pequenita murmurava: “Mas que estranha surpresa estarás tu a arquitectar?”

Na manhã seguinte, o nosso “lavrador”, sempre seguido pela intrigada manita, foi à coelheira buscar seis coelhinhos e metendo-os num caixotinho, saiu porta fora direitinho à loja da compadre Malaquias.

Mestre Malaquias, que parecia estar à espera dele, entregou-lhe, em troca, uma bela nota de cem escudos e dois caixotes.

Que vais fazer com esses caixotes? – perguntou a Leninha.

Vou construir uma capoeira para as galinhas que encomendei! – respondeu o João, todo importante.

Boa ideia! – concordou a Lena. – Tu montas a herdade e eu fico desde já nomeada tua ajudante.

Agora vamos semear rabanetes, alfaces e couves, pois o mestre Malaquias prometeu comprar todas as semanas a minha colheita.

Vai ser maravilhoso! – exclamou a menina. – Toca a trabalhar que se faz tarde.

E os dois garotinhos começaram logo a cavar num cantinho do jardim, preparando a terra para as suas sementeiras.

E foi assim que a herdade começou. Com o dinheiro dos coelhos compraram galinhas e milho.

Dos ovos nasceram pintos e as sementeiras deram belos produtos. E o senhor Malaquias comprava tudo quanto lhe levavam...

Dia a dia os lucros aumentavam e os seus mealheiros já estavam mesmo a transbordar.

Um belo dia, porém, o mealheiro do Joãozito apareceu vazio. Mas no lugar do dinheiro surgiu na herdade um novo hóspede sob a forma do mais rosado dos bacorinhos.

Agora, sim, és, na verdade, o rei dos lavradores – disse a Leninha.

 
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