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Juros da dívida a 5 anos atingem recorde acima dos 7%

florindo

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A taxa exigida pelos investidores para adquirirem títulos de dívida de Portugal a cinco anos está forte alta pela terceira sessão seguida e já quebraram a fasquia dos 7%.
Os juros da dívida nacional mantêm a tendência de subida, avançando pela terceira sessão consecutiva isto num dia marcado pela reunião do Ecofin, em que os ministros das Finanças da Zona Euro estarão reunidos para debater a situação dos países mais endividados da região.



A “yield” da dívida a 5 anos avança 18 pontos base para 7%, tendo atingido já um máximo desde a entrada de Portugal no Euro, nos 7,014%.


A taxa das Obrigações do Tesouro a 10 anos está também em alta, a subir 3,2 pontos base para 7,454%. Chegou a tocar nos 7,468% durante a sessão de hoje, aproximando-se cada vez mais do máximo atingido no final da semana passada nos 7,6% que obrigou o Banco Central Europeu (BCE) a intervir.



Nas restantes maturidades a tendência é mista, recuando nos prazos mais curtos até três anos. Os juros das obrigações a cinco anos estão a subir de forma acentuada pela terceira sessão consecutiva, depois de terem avançado 12 pontos base na sessão de ontem e 17 pontos base na sessão de sexta-feira.

Com esta subida, os juros das obrigações portuguesas nas maturidades acima de 5 anos estão todos acima de 7%, tornando o diferencial entre os vários prazos cada vez mais estreito.


Dados revelados ontem mostraram que o BCE esteve pela terceira semana consecutiva ausente do mercado de obrigações da Zona Euro. A amostra não contemplou, contudo, a totalidade da última semana pelo que a intervenção só deverá ser confirmada nos dados que serão conhecidos na próxima semana.

Portugal está hoje a acompanhar a tendência de subida de juros de países como a Espanha, cuja taxa a 10 anos avança 0,5 pontos base para 5,459%, enquanto a “yield” das “bunds” da Alemanha registam uma subida ligeira para 3,312%. O prémio de risco exigido a Portugal está nos 414 pontos base.

Esta subida surge num dia marcado pela reunião do Ecofin. Os ministros das Finanças da Zona Euro decidiram, ontem, que o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) será reforçado para 500 mil milhões de euros, mas só depois de 2013.

À entrada para a reunião, o ministro das Finanças de Portugal, Teixeira dos Santos afirmou que “as conversações estão a levar mais tempo do que o desejável e os atrasos e as hesitações afectam a Zona Euro e a sua estabilidade.

“É muito importante” que o fundo de resgate seja flexibilizado, para poder, designadamente, comprar dívida pública dos países do euro sob maior pressão dos investidores, substituindo-se ao Banco Central Europeu, acrescentou o ministro do Executivo de José Sócrates.

Jornal de Negócios
 
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