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Marrocos injecta 1,3 mil milhões na economia para travar subida dos preços

florindo

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Out 11, 2006
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Governo marroquino não quer arriscar-se a uma revolução como aquelas a que tem estado a assistir desde o início do ano nalgumas regiões do mundo árabe. Entretanto, no Iémen, pressente-se o medo de falar.
Primeiro, foi a Tunísia. Os protestos diários da população, atiçados inicialmente pelo aumento dos preços dos bens alimentares, levaram ao derrube do presidente Ben-Ali. Depois, seguiu-se o Egipto. O povo saiu às ruas para se manifestar contra o regime de Mubarak. Foram 17 dias em que se mediram forças entre o governo e os apoiantes e opositores do presidente. O palco dos protestos, a praça de Tahrir, teve dias sangrentos. Mas Hosni Mubarak acabou por ceder.

Entretanto, nas redes sociais, iam sendo marcadas novas demonstrações de protesto noutros países do Norte de África e Médio Oriente. Umas mais silenciosas do que outras. Síria, Líbia, Iémen, Jordânia, Irão, Bahrein, Argélia. E o perigo de outros mais se seguirem.

E foi mesmo a pensar nesse perigo que Marrocos já tomou medidas para tentar evitar uma onda de contestação por parte da sua população. Assim, o Executivo anunciou esta manhã o investimento de 15.000 milhões de dirhams (cerca de 1,33 mil milhões de euros) destinado a travar a escalada dos preços dos bens de primeira necessidade, avança o “El Mundo”.

Esta medida foi tomada a cinco dias de uma manifestação pela democracia em Marrocos, organizada por um grupo de jovens de várias cidades do país, refere a mesma fonte. Em declarações divulgadas pela agência oficial Maghreb Arabe Press, o primeiro-ministro marroquino, Abas El Fasi, sublinhou que esta quantia agora injectada vem juntar-se aos 17.000 milhões de dirhams (cerca de 1.500 milhões de euros) que já estavam contemplados na Lei de Finanças de 2011.

Resta saber se, no próximo domingo, os ânimos estarão suavizados por estas medidas. A manifestação, marcada no Facebook e várias outras redes sociais, vai decorrer em vários locais do país.

No Iémen, ainda há muito medo

Noutros países árabes, os protestos continuam. É o caso do Bahrein, onde hoje foi morto um segundo manifestante. E é também o caso do Iémen, onde muitos cidadãos têm expressado o seu descontentamento perante o presidente Ali Abdullah Saleh e o seu governo.

Homammed Hareth, um iemnita de 25 anos que criou uma página no Facebook intitulada “I Love Yemen”, disse ao Negócios que no Iémen “estamos todos felizes pelo Egipto” e que existem de momento muitas notícias sobre o seu país, mas que as imagens e vídeos que pululam pelo Facebook valem por mil palavras. É o caso de https://www.facebook.com/taiz.city?ref=ts, sugere.

Nesta mesma página, qualquer navegante dá facilmente com a foto de um mapa. É da cidade de Taiz [a Sul de Sana, a capital do Iémen]. E o que significa aquela bolinha ao centro? É o local de alguma manifestação? “Sim, é da praça onde se concentram os protestos”, respondeu quase de imediato um “amigo” desta página. Minutos depois, o comentário desapareceu. O medo ainda é um ditador.

Jornal de Negócios
 
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