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Quercus reprova traçado proposto para estrada entre Coina e Sesimbra

florindo

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Out 11, 2006
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A Quercus deu parecer negativo ao Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da nova auto-estrada que atravessa a mata de Sesimbra, por considerar que não foram analisadas todas as alternativas possíveis, anunciou hoje a associação ambientalista.

O parecer sobre o EIA da ligação do IC21 (no nó de Coina) a Sesimbra, que esteve em consulta pública até há uma semana passada, salienta que se trata de um novo projecto rodoviário, que não está previsto no Plano Rodoviário Nacional (PRN 2000) e que «provoca a destruição de vastas áreas da mata de Sesimbra».

«O projecto agora em avaliação não está previsto no Plano Rodoviário Nacional (PRN 2000), pelo que não se compreende como as Estradas de Portugal recorrem à excepção para promover uma obra com estas características na conjuntura actual, sem que o Plano Rodoviário Nacional seja revisto e ajustado à realidade actual do País», refere um comunicado.

Por outro lado, o parecer da QUERCUS considera que não está devidamente fundamentada a necessidade de uma via rodoviária com perfil de auto-estrada, desde a zona mais povoada do Marco do Grilo e o Casal do Sapo/Quinta do Conde até à zona sul do concelho de Sesimbra, e que não foram efectuados estudos de tráfego.

A associação ambientalista diz compreender a necessidade de se reforçar as acessibilidades ao concelho de Sesimbra, tendo em consideração os projectos anunciados para a região, designadamente os empreendimentos turísticos da mata de Sesimbra, novo aeroporto de Lisboa, linha de alta velocidade e plataforma logística do Poceirão, mas considera que deveriam ter sido estudadas mais alternativas além das que constam no documento.

«Não se compreende a opção pelas alternativas consideradas, uma vez que estas não permitem resolver os estrangulamentos sentidos actualmente - e com tendência para um agravamento futuro - no concelho de Sesimbra e em particular na sede do concelho», argumenta a Quercus no comunicado.

O parecer lamenta também que os promotores do EIA não tivessem considerados as soluções propostas no Plano de Acessibilidades para o concelho de Sesimbra, realizado em 2004, a pedido da própria autarquia, quando foi elaborado o Plano de Pormenor da Mata de Sesimbra Sul.

Considera ainda que o EIA não identifica as áreas de povoamento de sobreiros e que os traçados propostos para a nova via inviabilizam as medidas previstas no Plano Regional de Ordenamento Florestal da Área Metropolitana de Lisboa (PROF-AML), nomeadamente as zonas críticas relativas à defesa da floresta contra incêndios e aos corredores ecológicos na mata de Sesimbra.

A Quercus alega também que a ligação ao Porto de Abrigo, referida no EIA como um mero alargamento da estrada existente, apresenta um traçado que se desvia da estrada existente e que continua por um aceiro, considerando que se trata de um opção que não se coaduna com o que deveria ser uma estratégia de minimização dos impactes nos habitats do Parque Natural da Arrábida e no Sítio de Importância Comunitária da Rede Natura, Arrábida-Espichel.

Lusa / SOL

 
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