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Aveiro: Polis vai dragar ria de Aveiro ao fim de 16 anos

florindo

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Out 11, 2006
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A dragagem da ria de Aveiro que não é realizada há cerca de 16 anos, é uma das principais intervenções do programa Polis da Ria de Aveiro que deverá estar concluído até 2013.

Trata-se de uma das intervenções mais desejadas pelos utilizadores da Ria uma vez que irá facilitar a mobilidade nos principais canais navegáveis da laguna e melhorar as condições para um importante conjunto de actividades económicas e recreativas , bem como potenciar novas actividades.

Segundo os responsáveis pelo Polis Litoral da Ria de Aveiro, é "uma intervenção de significativa complexidade em termos técnicos e ambientais com um processo de avaliação de impacte ambiental, cujos passos iniciais estão já a ser dados". Vai incluir acções de transposição de sedimentos de locais com problemas de assoreamento para outros locais que ainda não estão definidos e onde haja défice sedimentar ou para reforço e estabilização de margens e cordão dunar, permitindo assim uma optimização do equilíbrio dinâmico da ria.

Neste momento estão em elaboração um conjunto de estudos sobre a evolução e a dinâmica costeira e estuarina, o reforço de margens pela recuperação de diques e motas e, também, sobre a mobilidade e navegabilidade da Ria.

Os estudos estão a identificar, previamente, as zonas sujeitas a maior risco de erosão e de cheias, a avaliar cenários de curto e médio prazo da dinâmica costeira e estuarina, a apontar soluções técnicas para minimizar os riscos e problemas existentes, e a ordenar a circulação nos canais navegáveis da Ria, de acordo com o que soube o JN Cidades .

O estudo da evolução da dinâmica costeira e estuarina está também a analisar os sedimentos, locais de deposição, bem como a desenvolver um modelo de dragagens, que preveja o futuro processo de manutenção da navegabilidade dos canais. "Estes estudos de base, já em curso, têm como objectivo assegurar que as intervenções promovidas no âmbito desta operação se enquadram, por um lado, num conjunto actualizado e sistematizado de conhecimento técnico-científico, mas por outro também no saber empírico transmitido pelos utilizadores presentes na Ria de Aveiro", disse ao JN Cidades Teresa Fidelis, do Polis Ria de Aveiro.

A sociedade Polis Litoral Ria de Aveiro tem previsto, entre outros, promover três projectos estruturais para a valorização da ria que correspondem à dragagem dos quatro canais principais da ria (Ovar, Murtosa, Ílhavo e Mira), ao reforço das margens da Ria de Aveiro, através da recuperação de diques e motas e ao reforço do cordão dunar entre a Costa Nova e Mira. Refira-se que a Administração do Porto de Aveiro vai ceder cerca de 2.000.000m3 de sedimentos armazenados junto ao Porto de Aveiro. Estes projectos perfazem cerca de 34,3 milhões de euros num total de 96 milhões euros de investimento global.

Para além destes projectos estruturantes o Polis prevê ainda um conjunto mais alargado de intervenções. As requalificações das frentes lagunares dos concelhos marginais à ria, a valorização da Pateira de Fermentelos, a criação de uma ciclovia que irá complementar a rede já existente na Ria e a requalificação de cais piscatórios lagunares são alguns dos exemplos.

Entre as acções em avançado estado de desenvolvimento destaque para um conjunto de projectos de execução cuja empreitada será objecto de concurso público a muito curto prazo, nomeadamente a requalificação da antiga Estação de Comboios da Paradela, em Sever do Vouga, a requalificação da Pateira de Frossos, o reordenamento e qualificação das frentes lagunares de Ovar, Estarreja, Ílhavo, Vagos, Mira e Aveiro (S. Jacinto), a requalificação da Ribeira do Gago na Murtosa, do caminho do Praião em Ílhavo e do Parque do Carreiro Velho em Oliveira do Bairro, a requalificação dos espaços públicos da Reserva de São Jacinto e ainda o reforço e requalificação de margens entre o Cais do Chegado e a Ribeira Nova, na Murtosa prevendo-se que estas intervenções estejam no terreno no segundo semestre deste ano.

O Polis Litoral da Ria de Aveiro é uma parceria, única no país, entre o Estado e a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro e é uma das operações de requalificação e valorização de zonas de risco e de áreas naturais degradadas situadas na orla costeira.
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Jornal de Notícias
 
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