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Celulares da Emporia, fabricados para idosos, são expostos no MWC 2011
Osfabricantes de smartphones, aparelho cujo uso não está ao alcance de todos por sua complexidade, começaram a simplificar essas pequenas joias da tecnologia e deixá-las mais acessíveis aos maiores, bem maiores de idade, no caso, os idosos. "Na Espanha, na França, na Grã-Bretanha, assim como em outras partes do mundo, há entre 10 e 15 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. E desses 15 milhões, a metade não utiliza celulares", disse Cristophe Yérolymos, diretor geral da filial francesa da empresa austríaca Emporia durante o Mobile World Congress, em Barcelona, na Espanha. "Dos 50% restantes, dois terços tem um celular que não corresponde as suas necessidades", afirma Yérolymos no estande de sua empresa MWC 2011, feira que terminou nesta quinta-feira.
A Emporia, que tem 20 anos, e o grupo sueco Doro, companhia telefonica que se lançou no mercado de celulares para idosos em 2007, dividem hoje um mercado que por muito tempo foi ignorado. Seus telefones são do tamanho normal, com um desenho moderno, entretanto, possuem telas mais legíveis, teclados com botões mais grandes e compatíveis com aparelhos auditivos. "Não somos muitos" nesse mercado, disse Christophe Yérolymos, desertor da telefonia móvel convencional, que lembra aliás que o operador britânico Vodafone fez uma incursão no setor em meados da década passada com o Vodafone Simply, uma operação que registrou "êxitos diversos". "Mas os operadores estavam mais eufóricos com o smartphone", sublinha.
O grupo Alcatel One Touchtambém oferece uma gama de telefones simplificados. No entanto, o objetivo é oferecer "um telefone muito acessível financeiramente", explica Richard Orme, apresentador dos produtos em Barcelona, e não necessariamente oferecê-los aos maiores de 60 anos. "O mais importante para nós e voltar a criar contato", assegura Christophe Yérolymos, que define seus clientes como pessoas "dinâmicas" que "navegam na internet, mas em casa".
A empresa austríaca, que oferece celulares que vão de 50 a 100 euros espera colocar mais de um milhão de exemplares entre junho de 2010 e julho de 2011. E o dobro entre junho de 2011 e julho de 2012. Da sua parte, Doro ficou feliz por ter vendido 1,2 milhões de telefones desde 2007.
Menos inovadores que os smartphones que inundam o mercado, os telefones para maiores de 60 anos dispõem, entretanto, de alguns extras. Os produzidos pela Emporia possuem uma minilaterna que permite ao dono ter luz de noite e que se ilumina quando o telefone toca. Um dos modelos traz junto uma pequena agenda clássica que permite ao usuário escrever os nomes com uma caneta. "É uma agenda. Para mim, isso é um smartphone", disse Yérolymos que, sobretudo, não quer "estigmatizar" sua clientela.
Doro, mais centrada na saúde, oferece dois produtos, um muito parecido aos telefones da Emporia, batizado de Easy. "É um telefone móvel muito fácil de utilizar diariamente e destinado aos maiores de idade", detalha Ryan Trendell, que trabalha para a filial britânica do grupo. "E temos também o Plus, muito especializado e muito fácil de utilizar". O telefone só tem quatro teclas, A, B, C e D com números memorizados e um botão de emergência. É destinado "a alguém de 80 a 90 anos, que podem sofrer de perda de memória ou de demência senil".
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