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O presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, considerou que o aumento de salários na Função Pública em 2008 contribuiu "muito" para aumentar a despesa pública e que faltou "coragem" ao Governo para rever essa decisão.
Intervindo na noite de quinta-feira na tertúlia "Conversas do Casino Figueira", Carlos César sublinhou a sua discordância face à decisão governamental de aumentar, há três anos, "de modo inesperado", os funcionários públicos em 2,9%.
"Não concordei com o aumento de 2,9% na função pública há três anos, que provocou, no caso dos Açores, a necessidade de uma gestão especialmente complexa", argumentou, adiantando que "já nessa altura" a região autónoma estava a gerir "com especial rigor" a evolução da despesa corrente.
Segundo Carlos César, o aumento dos funcionários públicos causou "dificuldades financeiras" ao governo dos Açores "e também contribuiu e muito para o aumento da despesa pública em Portugal".
Referiu que, independentemente desse anúncio ter sido feito em 2008, "antes" da actual situação de crise financeira, "devia ter existido a coragem de rever, de acordo com os novos dados em presença, essa decisão".
"E não teríamos de fazer uma inversão tão severa como aquela que está a acontecer", frisou.
Questionado se a sua posição
Perante a observação de que a sua posição era dissonante da política do Governo de José Sócrates, Carlos César, militante do PS e há 14 anos no cargo, retorquiu:"sou um livre pensador, gosto de pensar, resulta da minha reflexão sobre estas matérias".
A questão das medidas governamentais face à actual crise levou também Carlos César a apelar para que o Governo se mostre "mais sensível" no redireccionar das políticas de austeridade.
Argumentou que há "zonas" da sociedade portuguesa que "ainda não pagaram a factura" da contenção orçamental, aludindo a gestores públicos que ganham "verdadeiras quantias milionárias", havendo, por outro lado, sectores que "pagaram uma factura excessiva".
"Verificamos que administração Obama decidiu introduzir uma carga fiscal superior ao sector financeiro nos Estados Unidos e parece que em Portugal isso não tem sequer acolhimento no debate", criticou Carlos César, defendendo que há "um acerto" a fazer "numa óptica de melhoria da sensibilidade social do Governo".
Jornal de Notícias
Intervindo na noite de quinta-feira na tertúlia "Conversas do Casino Figueira", Carlos César sublinhou a sua discordância face à decisão governamental de aumentar, há três anos, "de modo inesperado", os funcionários públicos em 2,9%.
"Não concordei com o aumento de 2,9% na função pública há três anos, que provocou, no caso dos Açores, a necessidade de uma gestão especialmente complexa", argumentou, adiantando que "já nessa altura" a região autónoma estava a gerir "com especial rigor" a evolução da despesa corrente.
Segundo Carlos César, o aumento dos funcionários públicos causou "dificuldades financeiras" ao governo dos Açores "e também contribuiu e muito para o aumento da despesa pública em Portugal".
Referiu que, independentemente desse anúncio ter sido feito em 2008, "antes" da actual situação de crise financeira, "devia ter existido a coragem de rever, de acordo com os novos dados em presença, essa decisão".
"E não teríamos de fazer uma inversão tão severa como aquela que está a acontecer", frisou.
Questionado se a sua posição
Perante a observação de que a sua posição era dissonante da política do Governo de José Sócrates, Carlos César, militante do PS e há 14 anos no cargo, retorquiu:"sou um livre pensador, gosto de pensar, resulta da minha reflexão sobre estas matérias".
A questão das medidas governamentais face à actual crise levou também Carlos César a apelar para que o Governo se mostre "mais sensível" no redireccionar das políticas de austeridade.
Argumentou que há "zonas" da sociedade portuguesa que "ainda não pagaram a factura" da contenção orçamental, aludindo a gestores públicos que ganham "verdadeiras quantias milionárias", havendo, por outro lado, sectores que "pagaram uma factura excessiva".
"Verificamos que administração Obama decidiu introduzir uma carga fiscal superior ao sector financeiro nos Estados Unidos e parece que em Portugal isso não tem sequer acolhimento no debate", criticou Carlos César, defendendo que há "um acerto" a fazer "numa óptica de melhoria da sensibilidade social do Governo".
Jornal de Notícias