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Senadores norte-americanos, representantes de estados onde está implantada a Boeing, apelaram hoje ao governo de Barack Obama que tome «a boa decisão», escolhendo a empresa para o mega-contrato de aviões de reabastecimento para a Força Aérea.
A alguns dias de uma decisão final do Pentágono, os senadores quiseram «lembrar» ao governo «o que está em jogo», segundo a senadora democrata do estado de Washington, Patty Murray, citada pela AFP.
Os eleitos pelos estados de Washington (Noroeste), Kansas (Centro), Missuri (Centro), Michigan (Norte) e Carolina do Sul (Sudeste), onde estão as instalações da Boeing ou de empresas suas subcontratadas, inquietam-se com uma possível decisão favorável à EADS, a casa-mãe da europeia Airbus.
A atribuição deste contrato tem conhecido diversas peripécias.
O concurso foi ganho pela Boeing em 2003, mas anulado devido a um conflito de interesses; a EADS venceu-o em 2008, mas foi anulado devido a um erro do júri.
Os dois construtores aeronáuticos mantêm, há anos, uma disputa junto da Organização Mundial do Comércio, acusando-se mutuamente de beneficiarem de subvenções públicas ilegais.
Murray qualificou as subvenções dadas pelos governos europeus à EADS como «concorrência ilegal» e deplorou que o Pentágono tenha estimado que as subvenções «não podiam ser consideradas» na decisão.
Na quarta-feira, o presidente da EADS para a América do Norte, Ralph Crosby, revelou que o seu grupo revira a sua oferta final e o seu preço para a tornar «muito competitiva».
Questionados sobre o que tencionavam fazer em caso de vitória da EADS, os senadores fugiram à questão.
«Quanto a mim, não excluo nada. Reservo-me o direito de responder a essa decisão, se ocorrer», disse o senador republicano pelo Kansas, Pat Roberts.
Ao contrário, o senador republicano Jeff Sessions, do estado sulista do Alabama, onde a EADS tenciona produzir o avião se ganhar, também apelou ao Pentágono para que tome «a boa decisão», mas em favor do produtor europeu.
«A boa decisão seria a escolha do melhor avião pelo melhor preço», disse à AFP, acrescentando: «Estes aviões vão ser construídos nos Estados Unidos. Isto vai criar toda uma nova indústria nos Estados Unidos. Penso que é provável que a EADS construa outros aviões nos Estados Unidos».
O concurso incide sobre 179 aviões de reabastecimento destinados a substituir a frota envelhecida dos KC-135 da Força Aérea norte-americana, que data dos anos 50.
O Pentágono comprará estes aviões ao ritmo de 15 por ano, tendo afectado 900 milhões de dólares (661 milhões de euros) para o ano de 2012.
Lusa /SOL
A alguns dias de uma decisão final do Pentágono, os senadores quiseram «lembrar» ao governo «o que está em jogo», segundo a senadora democrata do estado de Washington, Patty Murray, citada pela AFP.
Os eleitos pelos estados de Washington (Noroeste), Kansas (Centro), Missuri (Centro), Michigan (Norte) e Carolina do Sul (Sudeste), onde estão as instalações da Boeing ou de empresas suas subcontratadas, inquietam-se com uma possível decisão favorável à EADS, a casa-mãe da europeia Airbus.
A atribuição deste contrato tem conhecido diversas peripécias.
O concurso foi ganho pela Boeing em 2003, mas anulado devido a um conflito de interesses; a EADS venceu-o em 2008, mas foi anulado devido a um erro do júri.
Os dois construtores aeronáuticos mantêm, há anos, uma disputa junto da Organização Mundial do Comércio, acusando-se mutuamente de beneficiarem de subvenções públicas ilegais.
Murray qualificou as subvenções dadas pelos governos europeus à EADS como «concorrência ilegal» e deplorou que o Pentágono tenha estimado que as subvenções «não podiam ser consideradas» na decisão.
Na quarta-feira, o presidente da EADS para a América do Norte, Ralph Crosby, revelou que o seu grupo revira a sua oferta final e o seu preço para a tornar «muito competitiva».
Questionados sobre o que tencionavam fazer em caso de vitória da EADS, os senadores fugiram à questão.
«Quanto a mim, não excluo nada. Reservo-me o direito de responder a essa decisão, se ocorrer», disse o senador republicano pelo Kansas, Pat Roberts.
Ao contrário, o senador republicano Jeff Sessions, do estado sulista do Alabama, onde a EADS tenciona produzir o avião se ganhar, também apelou ao Pentágono para que tome «a boa decisão», mas em favor do produtor europeu.
«A boa decisão seria a escolha do melhor avião pelo melhor preço», disse à AFP, acrescentando: «Estes aviões vão ser construídos nos Estados Unidos. Isto vai criar toda uma nova indústria nos Estados Unidos. Penso que é provável que a EADS construa outros aviões nos Estados Unidos».
O concurso incide sobre 179 aviões de reabastecimento destinados a substituir a frota envelhecida dos KC-135 da Força Aérea norte-americana, que data dos anos 50.
O Pentágono comprará estes aviões ao ritmo de 15 por ano, tendo afectado 900 milhões de dólares (661 milhões de euros) para o ano de 2012.
Lusa /SOL