• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Overclock no Pentium Clássico

cyber_wordl

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Set 26, 2006
Mensagens
2,023
Gostos Recebidos
0
Quando falo em "Pentium Clássico", refiro-me aos processadores Pentium sem instruções MMX, fabricados pela Intel. Estes processadores, oferecem boas possibilidades de overclock, justamente devido à alta margem de segurança usada pela Intel para garantir a confiabilidade de seus processadores.

Mesmo numa linha de produção totalmente automatizada, um processador nunca sai exatamente igual ao outro. Pequenas variações da ordem de mícrons (milésimos de milímetro) na colocação dos componentes, podem comprometer a estabilidade do processador a altas frequências de operação. Justamente por isso, todos os processadores passam por um controle de qualidade. No caso da Intel, este controle é muito rigoroso. Para um Pentium 166 ser aprovado, por exemplo, geralmente é testado a 200 MHz, e somente rodando estavelmente à essa velocidade é aprovado para ser comercializado como um Pentium 166. Isto acontece em todos os processadores Intel.

Fazendo overclock nestes processadores, teoricamente estaríamos apenas fazendo-os trabalhar na frequência em que foram testados em fábrica. Justamente por isso, muitas vezes ao aumentar a frequência de operação nestes processadores não notamos sequer um aumento considerável na temperatura.

Como nem tudo é perfeito, a maioria dos processadores Pentium de 150, 166 e 200 MHz, possuem uma "proteção contra overclock" que consiste em, ainda na fábrica, desabilitar o pino BF1 do processador, justamente o pino que sinaliza multiplicadores maiores. Esta trava foi criada pela Intel para combater a remarcação de processadores, que de fato perdeu muita força com esta medida. De qualquer forma, ainda podemos overclocar estes processadores aumentando a velocidade do barramento de 66 para 75 ou 83 MHz. Processadores mais antigos não possuem esta trava, mas como os processadores 486, geralmente não são capazes de usar multiplicadores maiores que os originais.

Os processadores Pentium de 90, 120 e 150 MHz, utilizam barramento de apenas 60 MHz, o que os torna os processadores mais facilmente overclocáveis da família. Em todos podemos aumentar sem problemas o barramento de 60 para 66 MHz (conseguindo respectivamente 100, 133 e 166 MHz) sem perda de estabilidade, ou tentar usar o barramento de 75 MHz conseguindo 112, 150 e 183 MHz também sem grandes riscos.

Se você for corajoso, poderá tentar também usar o barramento de 83 MHz, conseguindo respectivamente 125, 166 e 208 MHz, porém, sem garantia de sucesso. Caso consiga, não deixe de investir em uma melhor ventilação do processador, pois ele deverá aquecer muito mais que o normal. Vale lembrar mais uma vez dos riscos de instabilidade gerados pelo uso do barramento de 83 MHz.

Nos processadores Pentium de 100, 133, 166 e 200 MHz, também temos boas chances de sucesso aumentando a velocidade do barramento para 75 MHz. Em alguns casos também conseguimos aumentar o multiplicador, o que abre um leque maior de opções.

Geralmente consegue-se rodar o Pentium 100 a 112 MHz (1,5 x 75 MHz) ou 125 MHz (1,5 x 83 MHz), o Pentium 133 a 150 (2x 75 MHz) ou 166 MHz (2x 83 MHz), o Pentium 166 a 187 (2,5x 75 MHz) ou 208 MHz (2,5x 83 MHz) e o 200 a 225 (3x 75 MHz) ou 249 MHz (3x 83 MHz).

Caso seu processador não tenha o multiplicador travado, você poderá usar também 166 MHz (2,5x 66) no caso do Pentium 133 e 200 (3x 66) no caso do Pentium 166. Nestes casos, desde que o processador seja bem ventilado, a possibilidade de problemas é remota, já que não estaremos aumentando a velocidade do barramento.
 
Topo