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Esquerdistas envolvem-se em confrontos com polícia em Dresden e travam desfile neonaz

florindo

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Out 11, 2006
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Milhares de manifestantes impediram, sábado, em Dresden, um desfile de neonazis de vários países europeus, erguendo barricadas e envolvendo-se em confrontos com a polícia, que não conseguiu impor o direito de manifestação à extrema-direita, reconhecido pelos tribunais.

Cerca de 500 neonazis que tencionavam manifestar-se na capital da Saxónia em memória das 25 mil vítimas dos bombardeamentos aéreos dos aliados de 13 e 14 de Fevereiro de 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, acabaram por desistir da manifestação, e após conversações com a polícia decidiram transferi-la para Leipzig. A mais de 110 quilómetros de distância.

A polícia avisou os organizadores do desfile neofascista de que não estavam autorizados a manifestar-se no centro de Leipzig.

Antes da chegada a Leipzig do comboio que transportava os adeptos da extrema-direita, a polícia teve de dispersar várias concentrações de contra manifestantes que gritavam "fora com os nazis".

No ano passado, cerca de seis mil neonazis já tinham sido impedidos de desfilar em Dresden a 13 de Fevereiro devido aos protestos de numerosos antifascistas.

Este ano, a manifestação convocada pelo partida de extrema-direita NPD em Dresden atraiu apenas centenas de neonazis, apesar de os tribunais terem autorizado o desfile e determinado protecção policial contra as tentativas de bloqueio de contra manifestantes, igualmente anunciadas para Dresden

Milhares de militantes esquerdistas bloquearam durante várias horas as ruas em torno da estação ferroviária central de Dresden, para impedir o acesso de manifestantes neonazis ao local da concentração.

A polícia tentou dispersar os contra manifestantes, utilizando bastões, canhões de água e gás lacrimogéneo, mas estes romperam o cordão policial, ergueram barricadas, danificaram automóveis, incendiaram contentores de lixo, apedrejaram o corpo de intervenção e lançaram foguetes contra os agentes da autoridade.

Até ao fim do dia, tinham sido detidos dezenas de manifestantes esquerdistas, sob a acusação de ofensas corporais e desobediência à autoridade, comunicou um porta-voz da polícia de Dresden.

Antes dos confrontos, mais de 20 mil pessoas, incluindo o vice-presidente do parlamento alemão, Wolfgang Thierse, e outros conhecidos políticos, participaram em vigílias e protestos pacíficos contra a presença de neonazis na capital da Saxónia.

As Igrejas católica e protestante associaram-se aos protestos antinazis, apelando ao combate ao ódio racial, à xenofobia, à violência e ao racismo.

Jornal de Notícias
 
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