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Redução do défice foi feita à custa do corte dos salários, argumenta Jerónimo de Sous

florindo

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse sábado, em Aveiro, que a redução do défice das contas públicas, anunciada pelo primeiro-ministro, foi conseguida à custa do corte dos salários dos trabalhadores da administração pública.

O primeiro-ministro, José Sócrates, confirmou hoje que o défice das contas públicas desceu 58,6 por cento para 281,8 milhões de euros em Janeiro, o que é um "bom começo para a execução orçamental durante todo o ano".

Para Jerónimo de Sousa, esta evolução foi conseguida pela redução da despesa e particularmente com a redução dos salários dos trabalhadores da administração pública.

"[Os salários] Foram cortados 5 a 10%. Se fossem cortados 20%, o [corte no] défice seria ainda maior, mas isto demonstra também a injustiça pela forma como está a ser conseguida esta redução", disse o líder do PCP, em declarações à margem do encerramento de uma sessão pública em Aveiro, no âmbito da campanha nacional do PCP "Portugal a produzir".

Jerónimo de Sousa lembrou ainda que também houve medidas do lado da receita que contribuíram para esta redução do défice como "o aumento do IVA e a antecipação da distribuição dos dividendos de grandes empresas".

Por outro lado, o secretário-geral do PCP afirmou não acreditar que os números agora divulgados sejam suficientes para acalmar os mercados financeiros.

"É estar a fazer votos pios a pensar que se podem acalmar com esta situação. Não está na sua natureza. Por isso são especuladores e, nesse sentido, vão continuar a pressionar o nosso país", declarou.

Quanto à moção de censura ao Governo que o Bloco de Esquerda apresentará em Março, Jerónimo de Sousa confirmou que o PCP pretende votar favoravelmente o texto.

"A confirmar-se a entrega e os conteúdos que agora foram anunciados o PCP votará a favor [da moção do Bloco]", afirmou Jerónimo de Sousa.

Apesar de afirmar que o PCP votará a favor da moção de censura que o Parlamento vai discutir a 10 de Março, o líder dos comunistas sublinhou que "a censura mais eficaz será sempre aquela que os trabalhadores e o povo português possam fazer na luta pela defesa dos seus direitos contra esta política de direita".

Jornal de Notícias
 
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