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Empresas portuguesas reforçam investimentos no Brasil

florindo

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A crise económica que atingiu também Portugal não deverá afectar significativamente o processo de investimentos portugueses no Brasil, considerou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luís Amado, após uma reunião com o seu homólogo brasileiro, António Patriota.

O ministro sublinhou, aliás, que o reforço da internacionalização da economia portuguesa é uma das respostas para contornar o cenário de crise.

«Não vejo forma de impedir essa dinâmica e o reforço da participação das empresas portuguesas na economia brasileira nos próximos anos», disse Luís Amado, realçando o grande volume de investimentos portugueses no Brasil que hoje já soma 25 mil milhões de euros, distribuídos por vários sectores como transportes, energia, telecomunicações, construção civil, turismo, entre outros.

Estes dados, observou o governante português, revelam o forte apetite dos investidores privados nacionais pela economia brasileira, em virtude do forte processo de crescimento vivido pelo país.

O chefe da diplomacia portuguesa referiu que não se pode ignorar a dimensão da crise, mas o Brasil está identificado pelo sector privado de Portugal como um destino prioritário.

«Do meu ponto de vista, é estrutural a relação dos principais sectores da economia portuguesa com a brasileira», afirmou Luís Amado, destacando que esse movimento de internacionalização, a busca de novos investimentos, mercados e produtos contribui para alimentar o ciclo das exportações de Portugal.

Luís Amado reuniu-se hoje em Brasília com a presidente brasileira, Dilma Rousseff, e o seu homólogo, António Patriota.

Na avaliação de Luís Amado, Brasil e Portugal desenvolveram, ao longo dos anos, um diálogo permanente e uma «cumplicidade estratégica», que contribuiu para fortalecer, cada vez mais, a aproximação bilateral.

António Patriota, por seu lado destacou o termo usado por Amado, de «cumplicidade estratégica» e afirmou: «Apesar das realidades geográficas e de desenvolvimento económico e social distintos, temos o mesmo desejo de nos posicionarmos como ponte entre diferentes regiões do mundo e diferentes civilizações».

Portugal «faz isso com muita habilidade», realçou o ministro das Relações Exteriores brasileiro, o que pode ser percebido no trabalho para a sua eleição no Conselho de Segurança da ONU, e o que reflecte também as suas capacidades de diálogo com o mundo islâmico, África, Ásia, disse ainda António Patriota.

Durante a reunião, os dois ministros avaliaram a situação económica da Europa, incluindo a de Portugal, e conversaram também sobre os desenvolvimentos da crise no Médio Oriente, um cenário que preocupa os dois países que integram o Conselho de Segurança das Nações Unidas, (ONU). O Brasil está na presidência do órgão até Dezembro deste ano.

Para os dois governantes, é um problema crucial na agenda internacional. Para Luís Amado, é um momento histórico, de enorme sensibilidade, grande responsabilidade que exige das principais entidades internacionais, muita cooperação e concertação estratégica.

«A resposta tem que ser uma resposta que integre uma visão nova para o novo Médio Oriente, e essa visão nova pressupõe a acção da comunidade internacional no seu conjunto» afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, acrescentando que a resposta a essa situação tem que ser baseada numa forte participação do sistema das Nações Unidas.

Sol/Lusa
 
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