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Sonda Stardust visitará seu segundo cometa

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A Stardust é a primeira sonda espacial a visitar dois cometas. Desta vez, ela se encontrará com um velho conhecido dos cientistas, o Tempel 1.[Imagem: NASA]


Visitas a cometas
A sonda espacial Stardust (poeira de estrelas) é um daqueles sucessos para ficar na história da exploração espacial.
Depois de coletar poeira interestelar, fotografar e coletar poeira do cometa Wild 2, e trazer toda essa poeira cósmica de volta para a Terra, a sonda se prepara para visitar seu segundo cometa.
Nesta segunda-feira, 14, a Stardust fará um rasante no cometa Tempel 1, o mesmo que recebeu um tiro de canhão espacial da sonda Impacto Profundo, em 2005.
Depois de sua missão, o que restou da Impacto Profundo mudou de nome para Epoxi, que fez um sobrevoo sobre o cometa Hartley 2 há menos de três meses.
Isto tornará o Tempel 1 o primeiro cometa a receber duas visitas de sondas terrestres, e a Stardust, agora rebatizada de Stardust Next, será a primeira sonda a visitar dois cometas diferentes.
Teorias sobre os cometas
As visitas não foram em vão.
Até a chegada da Stardust ao Wild 2, os cientistas acreditavam que a cauda dos cometas era gerada por poeira que se soltava de sua superfície.
Agora já se sabe que os grânulos são ejetados do seu interior, à semelhança dos gêiseres terrestres.
Já as partículas complicaram a teoria sobre a formação dos cometas, o que continua um assunto em aberto - veja Formação dos cometas pode ser mais complexa do que cientistas imaginavam.
"Se, na época do sobrevoo do Wild 2, nós soubéssemos como os cometas funcionam, teríamos ficado mais nervosos. Há jatos em velocidades sônicas, e há blocos de material saindo do cometa e se quebrando," cometa o astrônomo Donald Brownlee, coordenador científico da missão.
E basta um pedregulho desses no lugar errado para pôr a sonda espacial a nocaute. Se não fosse a ingenuidade natural de quem não sabe, talvez o projeto da sonda espacial como ela existe hoje nunca tivesse sido aprovado.
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A sonda Impacto Profundo arremessou um projétil de 370 kg contra o Tempel 1, mas não conseguiu fotografar a cratera porque sua câmera ficou suja com a poeira do impacto. Agora a Stardust completará o trabalho. [Imagem: NASA/JPL/UMD/Pat Rawlings]

Cratera desconhecida
Se tudo der certo, contudo, esta nova visita poderá fornecer novas peças ao quebra-cabeças não apenas dos cometas, mas da formação do Sistema Solar como um todo.
Com tanto sucesso em sua história, a Stardust ainda poderá ter a sorte de fotografar a cratera gerada na superfície do Tempel 1 pelo projétil da Impacto Profundo. A própria Impacto Profundo não conseguiu fotografar a cratera porque sua câmera ficou suja com a nuvem de detritos criada pelo impacto.
Seria realmente uma sorte grande, mas não há nada que os engenheiros possam fazer para controlar isso: a Stardust vai passar chispando pelo cometa e disparando suas câmeras. A face do cometa que será fotograda dependerá de sua rotação, e os cientistas só saberão o que conseguiram quando as fotos chegarem e o cometa já tiver ficado para trás.
Infelizmente, a sonda não é mais capaz de coletar poeira, uma vez que seu coletor voltou à Terra em sua primeira missão.
Mas, além das imagens, seus instrumentos conseguirão analisar a composição das partículas do cometa.
Os cientistas esperam fazer observações detalhadas de como a interação com o Sol alterou fisicamente o Tempel 1 nesses últimos seis anos, desde o encontro com a Impacto Profundo.
Rumo às estrelas
Quando foi lançada, a Stardust levava 83 litros do combustível hidrazina para seus propulsores.
Agora, duas missões e 5,8 bilhões de quilômetros depois, há apenas cerca de um copo de combustível em seu tanque, insuficiente para qualquer outra manobra útil.
Seu destino será entrar em uma órbita estável ao redor do Sol - e todos os seus instrumentos científicos continuarão funcionando.
Os cientistas calculam que, dentro de mais ou menos um milhão de anos, ela será ejetada do Sistema Solar em direção ao espaço interplanetário.


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