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A aventura dura, e dura, e dura...
Os manuais de jornalismo dizem que deve começar-se por revelar a notícia: dizer que o Braga se apurou para os oitavos da Liga Europa, porém, já não é propriamente notícia. Nos últimos cinco anos, é a terceira vez que o faz. Surpreendente mesmo é esta capacidade de se reinventar na Europa.
E é por aí que esta crónica quer começar, pela forma como num assomo de dignidade o Sp. Braga consegue afogar todas as mágoas domésticas na sobrevivência europeia. Aguentou, por exemplo, a incerteza sobre a continuidade na Liga dos Campeões até à última jornada e segura agora Liga Europa.
Segura um lugar entre as dezasseis melhores equipas da Liga Europa, aliás, no fim de três derrotas consecutivas. A formação de Domingos Paciência passava por um período de depressão, mais um numa época interna de desilusões, mas encontrou forças na fraqueza e garantiu a vitória necessária.
Uma vitória por dois golos, a vitória indispensável e tangente, como são todas as vitórias desta equipa esta época. Mas ainda assim uma vitória boa, que só na parte final esteve em risco e que destaca sobretudo uma entrada em campo forte do Sp. Braga e dois golos em 35 minutos.
Foi a partir dessa entrada em campo forte que colocou a nu todas as fragilidades do campeão polaco, uma equipa limitada, fisicamente forte mas dura de rins, e que na liga doméstica ainda está pior que o Sp. Braga. Uma equipa fraca, portanto, indefesa perante a capacidade latina de jogar à bola.
A partir daí o Braga jogou com a bola em seu poder, trocas de flancos, iniciativas individuais e combinações. É verdade que nem sempre correu bem, a confiança da última época partiu e deixou saudades, mas mesmo com vários passes errados e outras perdas de bola deu para ser melhor.
Alan abriu o marcador aos oito minutos, Lima fez o segundo à meia-hora, ambos após lançamentos de Hugo Viana, e o Braga ganhou confiança. Só nos dez minutos finais, o apuramento esteve em risco: Rudnevs rematou a rasar o poste e Gancarczyk atirou à trave. Assustou, claro, mas só isso.
O Sp. Braga, esse, com um bom Custódio, um Lima muito presente e a técnica de Alan, Mossoró e Hélder Barbosa a permitir inventar espaços, o Sp. Braga, dizia-se, criou várias ocasiões para marcar o terceiro e alcançou o óbvio: impôs a lei do mais forte num relvado desta vez coberto de verde.
Segue-se agora o Liverpool e mais uma certeza: o municipal bracarense vai viver mais uma grande noite europeia. Esta época será a sétima, entre outros tantos adversários que a equipa já defrontou. O que nos remete para o início da crónica: para a capacidade deste Braga se reinventar na Europa.
Notável, claro.
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Os manuais de jornalismo dizem que deve começar-se por revelar a notícia: dizer que o Braga se apurou para os oitavos da Liga Europa, porém, já não é propriamente notícia. Nos últimos cinco anos, é a terceira vez que o faz. Surpreendente mesmo é esta capacidade de se reinventar na Europa.
E é por aí que esta crónica quer começar, pela forma como num assomo de dignidade o Sp. Braga consegue afogar todas as mágoas domésticas na sobrevivência europeia. Aguentou, por exemplo, a incerteza sobre a continuidade na Liga dos Campeões até à última jornada e segura agora Liga Europa.
Segura um lugar entre as dezasseis melhores equipas da Liga Europa, aliás, no fim de três derrotas consecutivas. A formação de Domingos Paciência passava por um período de depressão, mais um numa época interna de desilusões, mas encontrou forças na fraqueza e garantiu a vitória necessária.
Uma vitória por dois golos, a vitória indispensável e tangente, como são todas as vitórias desta equipa esta época. Mas ainda assim uma vitória boa, que só na parte final esteve em risco e que destaca sobretudo uma entrada em campo forte do Sp. Braga e dois golos em 35 minutos.
Foi a partir dessa entrada em campo forte que colocou a nu todas as fragilidades do campeão polaco, uma equipa limitada, fisicamente forte mas dura de rins, e que na liga doméstica ainda está pior que o Sp. Braga. Uma equipa fraca, portanto, indefesa perante a capacidade latina de jogar à bola.
A partir daí o Braga jogou com a bola em seu poder, trocas de flancos, iniciativas individuais e combinações. É verdade que nem sempre correu bem, a confiança da última época partiu e deixou saudades, mas mesmo com vários passes errados e outras perdas de bola deu para ser melhor.
Alan abriu o marcador aos oito minutos, Lima fez o segundo à meia-hora, ambos após lançamentos de Hugo Viana, e o Braga ganhou confiança. Só nos dez minutos finais, o apuramento esteve em risco: Rudnevs rematou a rasar o poste e Gancarczyk atirou à trave. Assustou, claro, mas só isso.
O Sp. Braga, esse, com um bom Custódio, um Lima muito presente e a técnica de Alan, Mossoró e Hélder Barbosa a permitir inventar espaços, o Sp. Braga, dizia-se, criou várias ocasiões para marcar o terceiro e alcançou o óbvio: impôs a lei do mais forte num relvado desta vez coberto de verde.
Segue-se agora o Liverpool e mais uma certeza: o municipal bracarense vai viver mais uma grande noite europeia. Esta época será a sétima, entre outros tantos adversários que a equipa já defrontou. O que nos remete para o início da crónica: para a capacidade deste Braga se reinventar na Europa.
Notável, claro.
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