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Cavaco fala da "incerteza" da actualidade e defende UE aberta ao mundo

florindo

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Out 11, 2006
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O presidente da República aludiu, esta sexta-feira, à incerteza que marca a actualidade, considerando "inglórios" os esforços para impor barreiras aos efeitos do que ocorre em outros países e defendendo uma União Europeia aberta ao mundo.

"É inevitável que a incerteza se afirme como marca de um tempo em que os acontecimentos se sucedem a um ritmo e a uma escala que transforma numa temeridade a maior parte dos exercícios de previsão", afirmou o chefe de Estado, Cavaco Silva, na cerimónia de apresentação de cumprimentos do corpo diplomático, que decorreu no Palácio de Queluz.

Numa intervenção em que a palavra "incerteza" foi diversas vezes repetida, Cavaco Silva sublinhou a necessidade de se estar atento "à evidência de algumas constantes" que vêm sendo repetidas, para não se somar "à incerteza", situações que podem ser acauteladas.

Como exemplo, o presidente da República apontou como "inquestionável" a influência que as opções de cada um dos povos têm noutros países. "São inglórios, e sê-lo-ão cada vez mais, os esforços para impor barreiras aos efeitos do que ocorre noutros países e com outros povos", declarou.

Por outro lado, continuou, a História também fornecido "amplos exemplos" de associação entre instabilidade e sentimentos de injustiça, exclusão ou humilhação.

Além disso, Cavaco Silva lembrou também que a ocorrência de perturbações económicas, sociais e políticas relacionadas com o acesso e a gestão de recursos estratégicos, "recursos que as limitações da natureza e o tendencial aumento da procura fazem, cada dia, mais escassos".

Falando perante mais de uma centena de embaixadores e chefes de missão, Cavaco Silva não deixou de abordar "os acontecimentos recentes na margem sul do Mediterrâneo", considerando que a situação enfatizou ainda mais a necessidade de "uma União Europeia (UE) aberta ao mundo".

Contudo, alertou, apesar disso, não cabe à UE "substituir-se à vontade dos povos, nem ditar-lhes o caminho a trilhar".

"Mas, é fundamental que saiba dar o seu contributo activo para criar condições que permitam que a afirmação dessa vontade possa conduzir à formação de sociedades mais justas, mais livres e mais desenvolvidas. É sua obrigação e é do seu interesse", sublinhou.

A este propósito, o chefe de Estado voltou a defender a necessidade de uma UE "forte e coesa", sustentando que "este mundo incerto e volátil" necessita também de uma Europa como referencial de construção da paz e da prosperidade entre povos e nações.

Jornal de Notícias
 
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