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PCP acusa Sócrates de "falta de coragem" contra poder económico

florindo

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Out 11, 2006
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O secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, acusou o primeiro-ministro de "falta de coragem para desafiar o poder económico", condenando os "lucros obscenos" apesar da crise, enquanto José Sócrates afirmou que PCP e BE promovem "a inveja social".

"Desde Janeiro, [o Governo] cortou nas comparticipações na saúde 30 milhões de euros; despesas com pessoal, 8,2%; abono de família, 16,8%; subsídio de desemprego, 6,6%; rendimento social de inserção, 23,9%", afirmou Jerónimo de Sousa, na sua intervenção no debate quinzenal na Assembleia da República.

Dirigindo-se ao primeiro-ministro, o líder comunista condenou o que disse ser "a dependência e o silenciamento" de Sócrates perante "os lucros escandalosos, obscenos, tendo em conta as dificuldades que estão a exigir ao povo".

"O senhor silencia, não diz nada, por falta de coragem de desafiar esse poder económico, que no tempo de crise não para de ver crescer os seus dividendos, uma ofensa a quem vive apenas do seu trabalho e da sua pensão", disse Jerónimo de Sousa, que exortou o primeiro-ministro a calar "para sempre essa coisa de os sacrifícios serem para todos".

O secretário-geral comunista exemplificou o caso da PT, cujos lucros "aumentaram no ano passado 8,3 vezes", mas os impostos pagos foram de "apenas 78 milhões de euros, metade de 2009" - 186 milhões de euros, uma matéria em que não obteve resposta do primeiro-ministro.

José Sócrates criticou Jerónimo de Sousa por "insistir nessa cassete" e perguntou se o PCP "quer enganar os portugueses", lembrando os cortes nos salários acima de 1500 euros e que atingiram reduções de 10% nas remunerações mais elevadas, uma medida do Governo para "agir com justiça e distribuir com equidade os esforços".

O primeiro-ministro acusou PCP e Bloco de Esquerda de "apenas promoverem a inveja social".

Antes, Jerónimo de Sousa criticara a redução do défice em Janeiro, considerando que foi alcançado "à custa dos salários, do congelamento das pensões e reformas, do aumento dos impostos, dos cortes no abono de família e nos apoios sociais".

Jornal de Notícias
 
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