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Armando Ribeiro, cidadão português que se encontrava retido em Nafoora, na Líbia, depois de um assalto, falou ao telefone com a sua mulher, que está em Portugal. Disse-lhe que estava bem e que já tinha chegado a Ras Lanuf, onde aguarda agora pelo passaporte.
Segundo a sua mulher, Maria Ribeiro, Armando Ribeiro e o todo o grupo de 120 funcionários da empresa alemã Ferrostaal ficaram sem documentos quando foram assaltados por um alegado polícia líbio.
"Resta-lhe aguardar pela emissão do novo passaporte, que é algo burocrático, da parte da embaixada portuguesa em Trípoli. Ele disse que os barcos estão prontos a evacuá-los do país", acrescentou Maria Ribeiro.
A mesma fonte disse ao JN que Ras Lanuf está sob o poder de Kadafi e que, na sucursal da empresa ali sediada, os funcionários têm melhores condições. "Ele disse que o ambiente está calmo".
Armando Ribeiro comunicou com a família esta madrugada, sábado, dizendo que aguardava, a qualquer momento, a chega de autocarros para o grupo em que se encontra abandonar do local.
"Ele enviou um email às 4.44 horas da madrugada, dizendo que, a qualquer momento, poderiam chegar os autocarros para tirar o grupo da Nafoora", contou, Maria Ribeiro.
De Nafoora, o grupo percorreu, em carrinhas e carros particulares, cerca de 600 quilómetros até Ras Lanuf, onde se encontra um outro grupo de funcionários da empresa alemã Ferrostaal a aguardar meios para sair do país.
"Os barcos já estão atracados para depois saírem todos do país", acrescentou a mulher de Armando Ribeiro, que, desde o passado domingo, aguardava uma solução para abandonar a Líbia, juntamente com 120 pessoas, todos funcionários da Ferrostaal.
O grupo acabaria por ser assaltado por um alegado polícia líbio, deixando-o sem transportes e com "alguma comida e água", contou também Maria Ribeiro.
Entretanto, fonte da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas afirmou ao JN que um familiar deste cidadão português "só comunicou a situação às 16 horas desta sexta-feira", facto que a filha de Armando Ribeiro, Jessica, desmente.
Jessica Ribeiro fez chegar ao JN uma cópia do email que enviou no passado dia 21 para o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) e que "não obteve resposta", relata. "Decidi telefonar nesse mesmo dia para o MNE que me reencaminhou para o Gabinete de Emergência Consular", defende.
Jornal de Notícias