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Caos na Líbia deve fazer subir preços dos combustíveis em Portugal

florindo

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Com a produção de petróleo da Líbia num estado caótico, os mercados continuam a empurrar para cima o preço do barril de petróleo. Resultado: a cotação dos produtos refinados disparou na última semana, o que deverá ser seguido pelo preço em bomba em Portugal.

Os receios dos mercados quanto à situação na Líbia, no resto do Norte de África e no Médio Oriente - nomeadamente o medo de que o abastecimento global vai começar a ser afectado - empurrou os preços do barril de Brent - o crude de referência para Portugal - para entrega em Abril para os 112,14 dólares (ou 81,46 euros) na sexta-feira.

Esse valor representa um máximo de mais de dois anos (29 de Agosto de 2008), no pico da crise dos combustíveis, e representa o peso da Líbia no mercado global de petróleo, já que o país detém as maiores reversas comprovadas de petróleo de toda a África.

A volatilidade dos preços do petróleo por causa da Líbia deverá continuar, dizem os analistas, porque poderá levar semanas ou mesmo meses para que a estrutura de produção e exportação líbia volte à normalidade.

A Agência Internacional da Energia reportou na passada sexta-feira que a Líbia ainda deverá estar a produzir cerca de 850 mil barris de petróleo por dia, pouco mais de metade dos 1,6 milhões de barris para o qual está preparada, mas admitiu que esta estimativa se baseia em "informações incompletas e contraditórias".

A Líbia produz apenas 02 por cento do petróleo mundial, mas os seus clientes são na esmagadora maioria europeus. Quem mais sofre com a falta de petróleo são as refinarias europeias, que recebem 85 por cento das exportações de crude líbias, para o transformar em gasolina, diesel e combustível para aviação (jet fuel).

Os maiores compradores são Itália, França, Alemanha e Espanha.

A Líbia, aliás, é o segundo maior fornecedor de petróleo a Portugal. Em 2010, a importação de crude líbio representou mais de 710 milhões de euros (bastante mais do dobro dos 295 milhões de 2009), segundo dados enviados à Lusa pelo INE.

O maior fornecedor de crude a Portugal é a Nigéria, no valor de 810,8 milhões de euros em 2010. Depois segue-se o Cazaquistão (639 milhões de euros) e Angola, que passou dos 140,4 milhões de euros em 2009 para os 558,9 milhões em 2010. Claro que as diferenças de valores representam a grande subida de preços do crude de um ano face ao outro.

Como é que esta situação vai afectar o preço da gasolina e do gasóleo nas bombas portuguesas? Os preços de referência da única petrolífera que refina em Portugal, a Galp, reflectem - com uma ou duas semanas de atraso - as cotações da tonelada métrica de gasolina 95 e de gasóleo nos mercados internacionais.

A média de preços da gasolina 95 na semana de 14 a 18 de Fevereiro foi de 654,31 euros, enquanto a média da semana que passou foi de 688,30 euros. Esta diferença de mais de 30 euros por cada tonelada métrica de produto deverá fazer subir os preços em bomba.

No gasóleo o cenário é semelhante, já que a média da semana passada foi de 675,1 euros por cada tonelada métrica, mais 20 euros do que a média da semana anterior.

Jornal de Notícias
 
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