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União Europeia adopta sanções contra regime de Kadafi

florindo

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A União Europeia adoptou uma série sanções contra o regime do líder líbio, Muammar Kadafi, anunciaram fontes diplomáticas dos 27.

As sanções incluem um embargo à venda de armas, o congelamento de bens e a proibição de viajar para a UE de membros do regime líbio, de acordo com as agências noticiosas francesa AFP e norte-americana AP.

A chefe da diplomacia comunitária, Catherine Ashton, tinha declarado que esta tarde a UE ia "aplicar a resolução [do Conselho de Segurança da ONU] de sábado, acompanhada de medidas adicionais, como um embargo aos equipamentos que poderão ser usados para a repressão" dos manifestantes.

"Estamos a colaborar com os Estados Unidos e com o Conselho de Segurança [das Nações Unidas] para, de forma coordenada, aplicar" medidas restritivas contra o regime de Kadafi, disse em Genebra a Alta Representante para a Política Externa da UE.

"É muito importante que haja uma acção conjunta, que possa ter o maior impacto possível", acrescentou Ashton à margem de uma reunião ministerial do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, também está em Genebra, onde se encontrou com os chefes da diplomacia do Reino Unido, da França, da Alemanha e de Itália. Segundo a agência noticiosa AP, Clinton apelou aos colegas europeus para que apliquem de imediato sanções sobre Kadafi.

Ainda na sexta-feira, diplomatas europeus avançaram a possibilidade de estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, o que impediria Kadafi de recorrer à força aérea para combater a rebelião.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Kevin Rudd, que também se reuniu hoje com Clinton, disse que Camberra apoia a proposta de uma zona de exclusão aérea, e que vai levá-la ao Conselho de Segurança da ONU.

O chefe da diplomacia alemã, Guido Westerwelle, já anunciou que Berlim está disposta a "cortar todos os laços financeiros" com a Líbia, incluindo o congelamento de pagamentos pelas importações de petróleo líbio.

Por sua vez, o primeiro-ministro francês, François Fillon, disse hoje que "ninguém na Europa tem a totalidade dos meios necessários" para aplicar uma zona de exclusão aérea. Para isso, "será necessário implicar a NATO", afirmou o Fillon numa entrevista à rádio RTL.

"Será que a NATO deve envolver-se numa guerra civil no sul do Mediterrâneo? Essa é uma questão que, no mínimo, merece reflexão", disse ainda Fillon.

O primeiro-ministro francês acrescentou que o seu país vai enviar dois aviões com ajuda humanitária para Benghazi, a segunda maior cidade líbia, actualmente controlada por forças rebeldes.

Desde 15 de Fevereiro que o regime líbio enfrenta uma rebelião sem precedentes. Segundo várias fontes citadas pelas agências noticiosas internacionais, as forças leais a Kadafi já só controlam a região à volta da capital, Tripoli. Os confrontos, segundo números avançados por organizações humanitárias, já terão causado centenas de mortos.

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