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63 operações de salvamento no mar realizadas este ano

florindo

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A Marinha realizou este ano 63 acções de busca e salvamento marítimo, salvou 59 pessoas e registou oito mortos, contabilizando até agora dez pessoas desaparecidas, revelou hoje o porta-voz da instituição.

Quanto às mortes, sete ocorreram antes das autoridades terem sido alertadas e iniciadas operações de socorro.

Alexandre Santos Fernandes disse que as acções de busca e salvamento respondem a «ocorrências de todo o tipo, desde uma embarcação que está em risco de afundar ou que afunda, pescadores que estão na orla costeira e caem, pessoas que estão a passear e são arrastadas para o mar, doenças súbitas ou salvamentos nas praias».

«Basicamente, são todas as situações em que pode estar em risco a vida humana», explicou o porta-voz da Marinha que admitiu, neste momento, preocupação face ao «fenómeno dos arrastamentos na orla costeira».

«O que nos preocupa é o número de acidentes que estão a acontecer na orla costeira, com pessoas que estão, na maioria dos casos, em lazer, a passear, a fazer pesca lúdica, outras que estão a fazer o seu jogging junto ao mar».

Adiantou que «são casos em que só uma alteração de atitude para com o mar pode salvar vidas e evitar que os números cresçam».

O responsável defendeu a necessidade de consciencializar as pessoas de que, «apesar de terem os pés firmes em terra, podem não estar seguras».

«As condições do mar são imprevisíveis (.) mudam muito rapidamente, quer no tempo, quer no local», adiantou.

Sustentando que «nestes primeiros dois meses do ano, houve uma quantidade enorme de pessoas que foram arrastadas pelo mar ou que caíram de falésias quando estavam à pesca», o comandante Alexandre Santos Fernandes exemplificou com o caso recente da Madeira, onde duas jovens continuam desaparecidas.

No ano passado, a Marinha realizou 731 acções de busca e salvamento, tendo salvo 763 pessoas, contabilizado 79 mortes antes do alerta e 16 depois dos meios serem accionados. Dezoito pessoas estão dadas como desaparecidas, de acordo com dados disponibilizados à Lusa.

A Marinha tem tido «em média entre 700 a mil açcões de busca e salvamento por ano», disse, adiantando que no inverno as situações mais comuns são os arrastamentos pela ondulação forte e no verão estão relacionadas com o salvamento nas praias. As quedas de falésias não têm um período específico, referiu.

O país tem duas regiões de busca e salvamento: Lisboa, que engloba Portugal Continental e a Madeira, medindo 572 mil quilómetros quadrados, e a de Santa Maria, nos Açores, com 5,2 milhões de quilómetros quadrados.

«O Estado comprometeu-se a realizar acções de busca e salvamento numa área de cerca de seis milhões de quilómetros quadrados, correspondente a 63 vezes a área do território nacional», acrescentou o comandante da Marinha.

Lusa/SOL
 
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