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O ministro dos Negócios Estrangeiros argelino, Mourad Medelci, desvalorizou hoje os protestos dos últimos meses na Argélia afirmando que eles partem de um «pequeno movimento» que não reflecte a opinião geral da população.
«É preciso falar da dimensão deste pequeno movimento, que conta apenas algumas centenas de pessoas e, com todo o respeito que merece, não representa o ponto de vista de toda a Argélia», disse o ministro, que falava em conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo português, Luís Amado, de visita ao país.
«O ponto de vista de toda a Argélia é o de um país maduro, responsável e ambicioso, mas que deseja continuar a desenvolver-se equilibradamente e, sobretudo, respeitando as instituições e a ordem», acrescentou.
O ministro afirmou também que os organizadores das marchas de protesto em Argel impedidas pelas autoridades «não marcharam, mas falaram, e o que disseram foi repetido de forma considerável pelos media estrangeiros». Medelci acrescentou que, em todo o país, «os que quiseram apresentar o seu ponto de vista puderam fazê-lo».
Os protestos na Argélia surgiram «antes do que aconteceu na Tunísia» e estão relacionados com «a subida dos preços dos produtos importados, que decorre da crise internacional», disse.
Sobre a situação na Líbia, o ministro argelino disse-se «extremamente preocupado» com «a escalada de violência e o desaparecimento das instituições».
«A Argélia está atenta a tudo o que possa fazer regressar a segurança e a ordem a um país que é importante para nós e que esperamos possa sair desta crise mais forte», disse.
Antes, o ministro dos Negócios Estrangeiros português afirmou ter debatido com Medelci a situação na região, que considerou «provavelmente a mais grave desde a II Guerra Mundial» pela influência que tem em conflitos como o do Médio Oriente.
Amado disse ter transmitido também ao seu homólogo argelino a opinião de que as transformações em curso na região devem ser trabalhadas no plano bilateral, na relação entre a União Europeia e os países da região e no contexto regional.
No plano bilateral, Amado disse ter «recebido informações importantes para manter a confiança na relação de todos os sectores, da sociedade e das empresas portuguesas com a Argélia».
O ministro português, que está em Argel no âmbito de uma digressão por vários países, deverá ainda ser recebido hoje pelo presidente argelino, Abdelaziz Bouteflika, e reunir-se com um pequeno grupo de representantes de empresas portuguesas na Argélia.
Amado chegou domingo à noite a Argel, proveniente do Kuwait e da Jordânia, e tinha previsto visitar ainda a Tunísia, na terça-feira, mas esta última etapa foi adiada sine die na sequência da demissão, no domingo, do primeiro-ministro tunisino.
Lusa/SOL
«É preciso falar da dimensão deste pequeno movimento, que conta apenas algumas centenas de pessoas e, com todo o respeito que merece, não representa o ponto de vista de toda a Argélia», disse o ministro, que falava em conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo português, Luís Amado, de visita ao país.
«O ponto de vista de toda a Argélia é o de um país maduro, responsável e ambicioso, mas que deseja continuar a desenvolver-se equilibradamente e, sobretudo, respeitando as instituições e a ordem», acrescentou.
O ministro afirmou também que os organizadores das marchas de protesto em Argel impedidas pelas autoridades «não marcharam, mas falaram, e o que disseram foi repetido de forma considerável pelos media estrangeiros». Medelci acrescentou que, em todo o país, «os que quiseram apresentar o seu ponto de vista puderam fazê-lo».
Os protestos na Argélia surgiram «antes do que aconteceu na Tunísia» e estão relacionados com «a subida dos preços dos produtos importados, que decorre da crise internacional», disse.
Sobre a situação na Líbia, o ministro argelino disse-se «extremamente preocupado» com «a escalada de violência e o desaparecimento das instituições».
«A Argélia está atenta a tudo o que possa fazer regressar a segurança e a ordem a um país que é importante para nós e que esperamos possa sair desta crise mais forte», disse.
Antes, o ministro dos Negócios Estrangeiros português afirmou ter debatido com Medelci a situação na região, que considerou «provavelmente a mais grave desde a II Guerra Mundial» pela influência que tem em conflitos como o do Médio Oriente.
Amado disse ter transmitido também ao seu homólogo argelino a opinião de que as transformações em curso na região devem ser trabalhadas no plano bilateral, na relação entre a União Europeia e os países da região e no contexto regional.
No plano bilateral, Amado disse ter «recebido informações importantes para manter a confiança na relação de todos os sectores, da sociedade e das empresas portuguesas com a Argélia».
O ministro português, que está em Argel no âmbito de uma digressão por vários países, deverá ainda ser recebido hoje pelo presidente argelino, Abdelaziz Bouteflika, e reunir-se com um pequeno grupo de representantes de empresas portuguesas na Argélia.
Amado chegou domingo à noite a Argel, proveniente do Kuwait e da Jordânia, e tinha previsto visitar ainda a Tunísia, na terça-feira, mas esta última etapa foi adiada sine die na sequência da demissão, no domingo, do primeiro-ministro tunisino.
Lusa/SOL