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Sampaio: controvérsia sobre a tragédia de Entre-os-Rios 'nunca morrerá'

florindo

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Jorge Sampaio era o Presidente da República quando a ponte de Entre-os-Rios caiu, a 4 de Março de 2001, e recordou hoje a tragédia que muito «marcou» o seu mandato, defendendo que a controvérsia sobre a matéria «nunca morrerá».

Em declarações aos jornalistas no final de uma conferência que decorreu quinta-feira à noite no Porto, o então Presidente da República afirmou ter memórias «terríveis» da queda da Ponte Hintze Ribeiro, tendo recordado que chegou ao local no segundo dia, onde permaneceu toda a jornada.

«Nunca mais me posso esquecer do que foi o sofrimento, a gravidade das coisas, a tristeza, um povo inteiro junto ao rio, o rio a passar com uma velocidade extraordinária», relatou.

Considerando que foi um acontecimento que «marcou muito» o seu mandato, Jorge Sampaio salientou a importância do apoio psicológico dado aos familiares que perderam as 59 pessoas que morreram com a queda da ponte.

«Não poderei esquecer o que eram as caras das pessoas que ficaram sem os seus entes queridos e nós percebíamos, no fundo, apesar dos esforços, que a velocidade daquela corrente era de tal ordem que algumas pessoas nunca mais seriam encontradas, embora tivéssemos feito tudo que era possível», relembrou.

Questionado pelos jornalistas sobre se considera que após a tragédia foi tudo tratado como deveria ter sido, o ex-chefe de Estado afirmou que a «controvérsia nunca morrerá numa matéria» como esta.

«Em direito, a questão da causalidade, o que é que causa o quê, é das coisas mais difíceis, que se estuda durante vários anos na faculdade. Nunca se saberá ao certo. O pior é que as pessoas desapareceram. Isso é que é a tragédia que é preciso ter bem presente», defendeu.

Lusa/SOL
 
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