• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Insegurança alimentar poderá afastar frutas e legumes da mesa

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,987
Gostos Recebidos
347
A subida do preço dos alimentos pode levar Portugal a viver um período de insegurança alimentar, com as frutas e legumes a arriscarem-se a ser os primeiros excluídos da dieta dos portugueses, alerta a Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN).

«O preço é um dos factores que leva à decisão de compra dos alimentos. É evidente que a subida do preço pode condicionar as escolhas alimentares», declara à agência Lusa a presidente da APN, Alexandra Bento. Mesmo que o país não atravesse «focos de fome», a insegurança alimentar será uma realidade. «Podemos ter dificuldade de acesso nos alimentos e na escolha dos alimentos correctos. Daqui podem advir erros alimentares que se reflectem no estado de saúde», avisa Alexandra Bento.

Estas consequências não são imediatas, revelando-se em problemas de saúde que demoram tempo a surgir, como a obesidade ou problemas cardiovasculares. «Se já tenho dificuldade na gestão do meu dinheiro e não tenho noção como devo organizar o meu dia alimentar, então posso ter uma mistura explosiva. Determinadas franjas da população podem começar a ter um dia alimentar que não é equilibrado», refere a nutricionista.

As frutas e os legumes são o grupo «mais preocupante». Geralmente são considerados alimentos caros pela população e estão já presentes em quantidade insuficiente na dieta portuguesa.

Na mais recente Balança Alimentar Portuguesa, publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em Novembro passado, é salientado um défice de frutos, hortícolas e leguminosas secas. Pelo contrário, há um excesso de gorduras saturadas, carne e peixe.

«Tenho muito receio que fruta e legumes sejam dos primeiros a ser colocados de lado em situações de maior precariedade económica», frisa Alexandra Bento.

Apesar de admitir que «comer bem pode não ser barato», a Associação Portuguesa de Nutricionistas diz que é possível consegui-lo.

«É preciso ser muito disciplinado, muito organizado, fazer uma rigorosa lista de alimentos para ir às compras e ter uma atitude de grande poupança com os próprios alimentos, aproveitando de tudo, como cascas de batata ou talos de couve», exemplifica a nutricionista.

Baseando-se num gasto de 20 a 30 por cento em alimentação no orçamento familiar, a APN criou menus a pensar em quem ganha o salário mínimo nacional e não pode ir além dos 100 euros mensais.

Segundo os nutricionistas é possível gastar entre três e cinco euros por pessoa em todas as refeições diárias, incluindo pequeno-almoço, almoço, lanche, jantar e merendas a meio da manhã e da tarde.

No total, é possível gastar semanalmente menos de 25 euros por pessoa e por semana, fazendo uma «alimentação saudável e equilibrada».

Planear as refeições antes de ir às compras, cumprir a lista de compras e não ir ao supermercado com fome são alguns dos conselhos dos nutricionistas para uma alimentação saudável e económica.

Lusa/SOL
 
Topo