• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Leiria: Empresa de prospecção de petróleo rejeita riscos e eventuais danos

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,987
Gostos Recebidos
347
Responsáveis da Mohave Oil & Gas Corporation, empresa que vai analisar o subsolo de Alcobaça para pesquisar petróleo, rejeitaram nesta quinta-feira à noite riscos e eventuais danos na realização deste trabalho para o mosteiro ou outras estruturas da cidade.

"Efectivamente, o risco não existe", afirmou o geógrafo da empresa, Rui Vieira, numa sessão de apresentação das actividades da Mohave, que se instalou em 1990 na região para procurar petróleo e na próxima semana inicia prospecções geofísicas na cidade de Alcobaça.

Rui Vieira esclareceu que, "do ponto de vista estritamente técnico", a empresa poderia, "com segurança, operar a 15 ou 20 metros do mosteiro".

A Mohave Oil & Gas Corporation começou esta semana a instalar os equipamentos na cidade, que começam a operar na próxima. O sistema contempla a emissão de ondas mecânicas para o interior da terra por camiões posicionados em vários locais que farão uma "ecografia", explicou.

Rui Vieira assegurou que um camião a passar em frente ao Mosteiro de Alcobaça, classificado como Património da Humanidade pela UNESCO, causa um "impacto maior" que os equipamentos da Mohave.

O responsável adiantou ainda que, como "foi solicitado pelo Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (IGESPAR), no período da operação", que demora escassos dias, a empresa vai "ter um técnico com um pequeno sismógrafo a registar os níveis de vibração dentro" do mosteiro.

Actualmente, o trabalho da empresa na região estende-se por 160 quilómetros quadrados, em duas freguesias de Porto de Mós, Valado dos Frades, na Nazaré, e 12 freguesias no concelho de Alcobaça.

Segundo o responsável, foram cartografadas 24 mil propriedades e contactadas seis mil pessoas para estas análises ao subsolo.

Questionado por um morador que reside a menos de 500 metros do monumento sobre a probabilidade de danos na casa e quem paga eventuais indemnizações, o presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Paulo Inácio, remeteu a responsabilidade para a empresa, acrescentando: "Os nossos técnicos dizem que não vai haver danos, a empresa diz o mesmo".

"A câmara não ia tomar uma decisão política sem ter a certeza de que não havia problemas", frisou.

No mesmo encontro, o director-geral em Portugal da Mohave Oil & Gas Corporation, Arlindo Alves, explicou que esta primeira fase, que vai determinar a possibilidade de existência de petróleo, terminará dentro de cinco a seis meses, após análise dos dados recolhidos. Só depois, se saberá se a empresa avança para a perfuração do solo.

Confrontado por outro habitante sobre o que a empresa fará com os proprietários dos terrenos na eventualidade de encontrar petróleo, Arlindo Alves respondeu: "Vamos ter que negociar algum tipo de acesso". "Temos expectativa que exista petróleo, por isso estamos a pesquisar", disse ainda.

Jornal de Notícias
 
Topo