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Aumento dos preços pode dificultar acesso dos portugueses aos alimentos

florindo

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Out 11, 2006
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A subida do preço dos alimentos pode levar Portugal a viver um período de insegurança alimentar, com as frutas e legumes a arriscarem-se a ser os primeiros excluídos da dieta dos portugueses, alerta a Associação Portuguesa de Nutricionistas

"O preço é um dos factores que leva à decisão de compra dos alimentos. É evidente que a subida do preço pode condicionar as escolhas alimentares", declara à agência Lusa a presidente da Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN), Alexandra Bento.

Mesmo que o país não atravesse "focos de fome", a insegurança alimentar será uma realidade. "Podemos ter dificuldade de acesso nos alimentos e na escolha dos alimentos correctos. Daqui podem advir erros alimentares que se reflectem no estado de saúde", avisa Alexandra Bento.

Estas consequências não são imediatas, revelando-se em problemas de saúde que demoram tempo a surgir, como a obesidade ou problemas cardiovasculares. "Se já tenho dificuldade na gestão do meu dinheiro e não tenho noção como devo organizar o meu dia alimentar, então posso ter uma mistura explosiva. Determinadas franjas da população podem começar a ter um dia alimentar que não é equilibrado", refere a nutricionista.

As frutas e os legumes são o grupo "mais preocupante". Geralmente são considerados alimentos caros pela população e estão já presentes em quantidade insuficiente na dieta portuguesa.

Na mais recente Balança Alimentar Portuguesa, publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em Novembro passado, é salientado um défice de frutos, hortícolas e leguminosas secas. Pelo contrário, há um excesso de gorduras saturadas, carne e peixe.

"Tenho muito receio que fruta e legumes sejam dos primeiros a ser colocados de lado em situações de maior precariedade económica", frisa Alexandra Bento.

Apesar de admitir que "comer bem pode não ser barato", a Associação Portuguesa de Nutricionistas diz que é possível consegui-lo.

"É preciso ser muito disciplinado, muito organizado, fazer uma rigorosa lista de alimentos para ir às compras e ter uma atitude de grande poupança com os próprios alimentos, aproveitando de tudo, como cascas de batata ou talos de couve", exemplifica a nutricionista.

Baseando-se num gasto de 20 a 30% em alimentação no orçamento familiar, a APN criou menus a pensar em quem ganha o salário mínimo nacional e não pode ir além dos 100 euros mensais.

Segundo os nutricionistas é possível gastar entre três e cinco euros por pessoa em todas as refeições diárias, incluindo pequeno-almoço, almoço, lanche, jantar e merendas a meio da manhã e da tarde.

No total, é possível gastar semanalmente menos de 25 euros por pessoa e por semana, fazendo uma "alimentação saudável e equilibrada".

Planear as refeições antes de ir às compras, cumprir a lista de compras e não ir ao supermercado com fome são alguns dos conselhos dos nutricionistas para uma alimentação saudável e económica.

Jornal de Notícias
 
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