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Sócrates culpa PSD por fim das SCUT

florindo

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O primeiro-ministro, José Sócrates, reafirmou hoje na Guarda que o Governo «foi obrigado a negociar» com o PSD a aplicação de portagens nas SCUT (vias sem custos para o utilizador) do interior do país.

«Toda a gente sabe qual é a posição do Governo. A posição do Governo era a de que as auto-estradas no interior não pagassem portagem», disse José Sócrates aos jornalistas, no final de uma visita ao Hospital da Guarda.

O governante acrescentou que «todas as pessoas de boa fé sabem que o Governo foi obrigado a negociar e a obter um compromisso».

«Dessa negociação resultou que nós vamos colocar portagens em todas as SCUT mas nas zonas do interior, como é este caso, nós vamos ter isenções e descontos», reafirmou.
Disse que esta foi a negociação conseguida e que a posição do Governo «sempre foi clara».

«Durante anos não se pagou portagens nas auto-estradas do interior, como forma de estimular estas regiões a um progresso e a um desenvolvimento mais rápido», referiu.

José Sócrates disse também que «os portugueses sabem bem que o Governo se esforçou para não ter portagens no interior do país e que resultou de um diálogo e um compromisso com o PSD o facto de termos portagens».

À chegada à cidade da Guarda, o primeiro-ministro foi recebido pelo protesto de algumas dezenas de manifestantes que se concentraram junto da rotunda de acesso ao hospital.

A manifestação espontânea foi convocada pelas redes sociais e a ela juntaram-se também as pessoas que participaram num buzinão convocado pela comissão de utentes contra as portagens nas auto-estradas A23, A24 e A25.

No momento da chegada da comitiva de José Sócrates ouviram-se muitos assobios e palavras de desagrado contra o primeiro-ministro pelo anúncio da introdução de portagens nas SCUT daquela região.

As viaturas entraram na área do hospital a grande velocidade e os manifestantes ainda tentaram furar o cordão policial e aproximar-se do local onde a comitiva do primeiro-ministro parou para visitar as obras do hospital, mas foram impedidos pelos agentes da PSP que estavam no local.

Carlos Beirão, empresário local, que tem uma empresa da área da metalomecânica que dá emprego a cerca de 40 pessoas, esteve no protesto contra as portagens, porque diz temer os maus efeitos da medida na economia da região.

«Estou a pensar deslocar a minha empresa daqui para outra região», adiantou.
Outro empresário, Pedro Fonseca, disse que as portagens são uma injustiça para «o interior» não existindo «alternativas» rodoviárias às duas auto-estradas que servem o distrito.

Zulmiro Almeida, da comissão de utentes contra as portagens nas auto-estradas A23, A24 e A25, que estão previstas serem introduzidas até 15 de Abril, disse à Lusa que já foram recolhidas cerca de 30 mil assinaturas na região.

O responsável admitiu que, caso o Governo não suspenda a aplicação de portagens, os protestos poderão endurecer e passar por «trancar» estradas.

SOL

 
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