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Num artigo de opinião publicado no SOL, Santana Lopes revela que se sente «já muito distante do partido» no qual se filiou há 34 anos.
O social-democrata recorda que já «tinha muitas dúvidas sobre o estado do partido» quando em Dezembro de 2009 teve lugar um Congresso Extraordinário do PSD.
«O Congresso Extraordinário foi há cerca de um ano, mas para mim parece que já foi há dez. Talvez seja porque, desde então, aumentou muito a minha distância ou, pelo menos, a minha diferença em relação ao PSD», pode ler-se no artigo.
Santana Lopes explica que é difícil sentir-se «próximo de um partido em que muitos dirigentes se sentam na primeira fila das iniciativas de sucessivos líderes, sempre prontos para servir no Governo, em empresas, institutos públicos ou até embaixadas».
«Um partido em que as diferenças programáticas e estratégicas não são as razões principais, está errado. Os partidos devem pensar, sobretudo, no que é importante para o país e não no que interessa a alguns dos que nele militam», defende.
Santana diz ainda que «cada vez mais os militantes e dirigentes daquele partido fazem mais guerra a companheiros do que a adversários». E afirma que, apesar das batalhas que travou dentro do PSD contra Pinto Balsemão, Marcelo Rebelo de Sousa ou Durão Barroso esteve sempre ao lado destes líderes nos momentos eleitorais. «Nunca tratei melhor os adversários externos nem me aproximei deles para combater militantes do meu partido».
SOL