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Edite Estrela defende política inovadora para acabar com desigualdades na saúde

florindo

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A eurodeputada Edite Estrela vai defender na segunda-feira perante a Comissão Europeia «uma visão inovadora da política» para resolver as desigualdades na saúde, em particular as que afectam os grupos socioeconómicos mais desfavorecidos.

Edite Estrela vai apresentar um relatório, a que agência Lusa teve acesso, que elaborou com o objectivo de reduzir as desigualdades que existem na área da saúde na União Europeia, que será votado no Plenário do Parlamento Europeu na terça-feira.

«Em geral, a saúde e a esperança de vida estão ainda ligadas às condições sociais e à pobreza na infância. Apesar de alguns progressos, os resultados no sector da saúde revelam a existência de um fosso que continua a ser grande e, nalguns casos, continua a aumentar, entre as pessoas no topo e na base da escala social», considera a deputada portuguesa.

Segundo o relatório de Edite Estrela, persistem ainda «grandes desigualdades entre países e regiões» relativamente à saúde.

A título de exemplo refere que em 2007 a esperança de vida dos homens de 65 anos apresentava uma variação de 5,6 anos entre os Estados-membros, de um máximo de 18,4 anos em França a um mínimo de 12,8 anos na Letónia.

A diferença no caso das mulheres era ligeiramente maior: 6,6 anos, de um máximo de 23 anos em França a um mínimo de 16,4 anos na Bulgária.

«As desigualdades na saúde são um problema que tem de ser resolvido. Começam cedo e persistem ao longo da vida, até à velhice, e passam para as gerações seguintes. As desigualdades vividas numa fase precoce da vida, em termos de acesso à educação, ao emprego e aos cuidados de saúde, bem como as diferenças baseadas no género e identidade cultural, podem influenciar de forma decisiva o estado de saúde das pessoas ao longo de toda vida», defende a deputada no documento.

Quando a pobreza surge associada a outras vulnerabilidades, como a infância ou a velhice, uma incapacidade ou pertencer a uma minoria, os riscos para a saúde aumentam e vice-versa, os problemas de saúde podem conduzir à pobreza e/ou à exclusão social, acrescenta.

Segundo a deputada portuguesa, a crise teve um grave impacto sobre o setor da saúde de vários Estados-membros da UE, tanto ao nível da oferta como da procura.

Ao nível da oferta, a crise económica e financeira levou à redução do financiamento da saúde pública e dos serviços de saúde e de cuidados de saúde a longo prazo devido aos cortes orçamentais e à redução das receitas fiscais.

Ao mesmo tempo aumentou a procura de serviços de saúde e cuidados de saúde a longo prazo devido a uma combinação de factores que contribuem para a deterioração do estado de saúde da população em geral.

Por isso, Edite Estrela defende que «é essencial que a redução das desigualdades seja considerada uma prioridade fundamental a todos os níveis da acção política», prosseguindo assim a estratégia «saúde em todas as políticas» e velando pela realização de avaliações de impacto eficazes, que tenham em conta os resultados em termos de «equidade no domínio da saúde».

Lusa/SOL
 
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