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Dentes de cavalos confirmam a hipótese evolutiva de Darwin

florindo

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Os resultados de análises morfológicas realizadas a mais de 6500 dentes fósseis de cavalos selvagens, alguns com mais de 55 milhões de anos, confirmam a hipótese evolutiva da selecção natural de Darwin.

Também o processo de adaptação de hábitos alimentares a novos ambientes provocados pelas alterações climáticas foi confirmado através do estudo publicado na revista Science, que resulta da colaboração do Instituto Catalão de Paleoecologia Humana e Evolução Social (IPHES), em conjunto com duas equipas norte-americanas.

«Os dentes fósseis mais modernos analisados neste estudo têm 10 mil anos, a época mais recente onde se mantêm restos molares dos primeiros cavalos selvagens, antes da sua extinção, junto com outros grandes animais como os mamutes, coincidem com o período glacial», explicou um dos responsáveis pelo estudo, Florent Rivals investigador do IPHES.

A investigação que analisa o desgaste de molares fósseis desde há 55 milhões de anos até 10 mil anos, inclui registos de toda a sequência evolutiva do dente de cavalo selvagem.

Os dentes de cavalos selvagens analisados correspondem a 222 terras distintas e a grupos de diferentes zonas geográficas, procedentes na sua maioria das planícies do oeste dos Estados Unidos, e a mais de 70 espécies destes animais extintas.

Os últimos cavalos selvagens originários das planícies norte-americanas, que foram extintos nos Estados Unidos há aproximadamente 10 mil anos após o último período glacial, eram dotados naquela época com dentes muito mais arredondados e desgastados do que o cavalo atual.

As primeiras populações de cavalos viviam na selva tropical com muito calor e alimentavam-se de frutas, portanto os dentes eram afiados e pouco desgastados.

Segundo Rivals, um dos grandes marcos da transformação dental equestre produziu-se há 20 milhões de anos, após uma alteração climática que fez com que a pradaria de gramíneas (família de plantas) proliferasse na América do Norte.

Estas plantas foram ganhando o terreno em extensão das grandes árvores e arbustos de épocas anteriores, que se caracterizavam por conter partículas minerais abrasivas que desgastavam as pontas dos dentes.

Há 40 milhões de anos, os dentes dos cavalos também sofreram um forte desgaste, com a alteração do clima que fez com que passassem da selva tropical a bosques temperados, que fizeram com que a alimentação dos cavalos fosse à base de fruta e vegetação menos mole.

Os investigadores comprovaram que as modificações dos dentes não são imediatas, demoram pelo menos um milhão de anos para afiarem depois de um episódio de alteração climática, o que se traduz numas 100 mil gerações.

Lusa/SOL
 
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