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Por vezes é preciso procurar novas paragens para descobrir novos objectivos e reencontrar a alegria de jogar futebol. Foi o que aconteceu com Amaral, antigo jogador do Benfica, que partiu de malas e bagagens para a Indonésia e hoje é a principal estrela do modesto campeonato local.
«Poderia estar no Brasil ganhando o mesmo salário daqui, mas como não tinha surgido nada, abracei a oportunidade de vir para cá. A diferença é que, na Indonésia, paga-se em dia, enquanto clube pequeno no Brasil paga uma vez e depois passa três meses sem dar nada», explicou Amaral, ao jornal brasileiro «Lancenet».
Aos 38 anos, o médio garante ainda ter a força dos 25 e, depois de uma carreira onde representou Palmeiras, Corinthians, Vasco da Gama, Fiorentina ou Benfica, actua no desconhecido Manado United. E o clube não poupa esforços a gerir o potencial de uma estrela como o antigo internacional brasileiro.
«Por exemplo, os bilhetes vêm com fotos minhas. Algumas cidades têm outdoors meus. Eles fizeram um marketing grande com a minha imagem. Mas é porque eles são muito apaixonados», explica.
Amaral ainda se está a habituar aos costumes da Indonésia e conta algumas estórias bastante peculiares: «Os caras aqui tomam sopa de olho de galinha, sangue de cobra. Me convidaram para comer um morcego. Falei: «Pô, isso aí é Batman, não vou comer isso aí, não!» (risos). O pessoal come muita pimenta. Impressionante! Quem tiver hemorróidas está morto.»
Jogar até aos 40 é a meta de Amaral, até para recuperar o que foi perdendo ao longo dos tempos. «Perdi muito dinheiro para o futebol. Só na Fiorentina deixei de receber mais de um milhão de reais (cerca de 400 mil euros). Mas, graças a Deus, hoje tenho saúde, minha casa e não moro de aluguer. Isso é o mais importante», lembrou.
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