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PS não pode funcionar como uma claque de apoio ao Governo

florindo

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O candidato à liderança do PS António Brotas defendeu hoje que o partido não pode funcionar como "uma claque de apoio ao Governo", criticando a ausência de debate interno e de José Sócrates enquanto secretário-geral.

Em entrevista à Lusa, o militante socialista apontou que uma das dificuldades do Governo é "não poder contar" com um partido que estude os problemas, que lhe faça críticas e apresente propostas.

"Isto é, é fundamental que o PS passe a funcionar não como uma claque de apoio do Governo", afirmou António Brotas sublinhando a importância de gabinetes de estudo, grupos de reflexão e encontros internos.

Notando que tem havido "pouco debate interno no PS" e a "ausência" de José Sócrates como secretário-geral dos socialistas, o professor catedrático jubilado do Instituto Superior Técnico exemplificou o que significa, no seu entender, ouvir o partido actualmente.

"Quem vem falar ao PS são normalmente os ministros, que vêm quase fazer a propaganda do Governo. Os militantes inscrevem-se para falar e os ministros consideram que isto é ir ouvir o PS. Ir ouvir o PS não é isto e o PS não tem sido ouvido", criticou.

Às directas para secretário-geral, a 25 e 26 de Março, concorrem, além de Brotas, Fonseca Ferreira, Jacinto Serrão e José Sócrates.

Questionado se gostava que houvesse um candidato que pudesse realmente disputar o cargo contra o actual líder, como António José Seguro ou António Costa, o militante socialista considerou que estes "são potenciais candidatos", mas que nesta altura não consideraram "oportuno".

"António Costa desde há pouco tempo é presidente da Câmara de Lisboa. Não podia agora desistir do que está a fazer. Considero bastante o António José Seguro, mas neste momento talvez ele não tenha a estaleca que tem Sócrates para ser primeiro-ministro de Portugal", afirmou.

Instado a comentar a eventual possibilidade de o Governo adoptar novas medidas de austeridade, António Brotas adiantou apenas que uma das propostas que defende é a "reintrodução do imposto sucessório" para as grandes fortunas, estranhando que isso ainda não tenha "passado pela cabeça de nenhum partido".

"Propomos uma reintrodução, mas em moldes diferentes. Fixa-se um quantitativo de meio milhão de euros. Quem herdar menos de meio milhão não paga nada. Quem herdar 15 milhões paga imposto sucessório sobre 14,5 milhões", sugeriu, desafiando Bloco de Esquerda e PCP a pronunciarem-se sobre a matéria.

Lusa/ SOL
 
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