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Sócrates diz que intervenção do FMI seria perda de prestígio e dignidade

eica

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Abr 15, 2009
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O secretário-geral do PS, José Sócrates, defendeu na segunda-feira que a intervenção do Fundo Monetário Internacional para ajudar Portugal a resolver as dificuldades por que passa significaria a perda do prestígio e da dignidade do país.

Ao intervir em Viseu, durante a apresentação da sua moção política de orientação nacional ao congresso do PS, José Sócrates considerou que "entre vir ou não vir o FMI há dez milhões de portugueses que sofreriam" com isso.

"Entre vir ou não vir o FMI, há um país que perderia prestígio, além de perder também a dignidade de se apresentar ao mundo como um país que consegue resolver os seus problemas", acrescentou.

Na sua opinião, responsabilidade é saber, "no momento certo, saber de que lado está o interesse nacional" e este não se encontra "ao lado daqueles que passam a vida a desfazer ou a não acreditar" em Portugal.

"Quando eu oiço dirigentes da oposição dizerem que o FMI virá mais tarde ou mais cedo, que é inevitável a ajuda externa ao nosso país, eu quero dizer-vos francamente que há limites para tudo, porque entendo que, neste momento, a responsabilidade de qualquer dirigente político é confiar no povo português e confiar no seu país", afirmou.

Para o primeiro-ministro, estes "dirigentes de partidos que são ex-governantes" não fazem estas afirmações por irresponsabilidade, mas sim por "puro cálculo oportunista".

Neste âmbito, garantiu que o XVII Congresso Nacional do PS será "o congresso da estabilidade política", que considera que Portugal necessita para enfrentar os seus problemas.

"Estamos aqui para defender o nosso país e para tomar todas as medidas que, em consciência, acharmos que servem o interesse de todos os portugueses. E não tememos com isso ser penalizados do ponto de vista eleitoral, porque este não é o momento para pensarmos nem em sondagens, nem em inquéritos de opinião, nem em carreiras políticas", frisou.

Segundo José Sócrates, Portugal está a enfrentar "a segunda fase da crise mundial, a fase da crise da dívida soberana" e, num momento como este, "o mais importante para um político é afirmar a defesa de Portugal" e a convicção de que o país saberá resolver os seus problemas sozinho.

"Não precisará nem de ajuda externa, nem de nada mais que não seja confiança no povo português e no nosso país", sublinhou.

Referiu que as medidas de austeridade estão a ser postas em prática, com "um orçamento muito difícil e muito exigente", mas "absolutamente essencial" para pôr as contas públicas em ordem.

"Temos bons números para apresentar: redução da despesa, a receita a comportar-se bem, o défice orçamental a reduzir-se. O que me espanta é ver que muitos daqueles que dirigem as oposições parecem ficar com azedume cada vez que o Estado e o país apresentam bons resultados", apontou.

Jornal de Notícias
 
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