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Mendes Bota denuncia regresso de rede de tráfico sexual no Algarve

florindo

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O deputado social-democrata Mendes Bota, eleito pelo círculo de Faro, denunciou hoje o regresso de uma rede de tráfico sexual e prostituição forçada na Patã, Albufeira, no Algarve.

Em declarações à agência Lusa, Mendes Bota denunciou que, «poucos dias depois de terem sido presos», a maioria dos indivíduos detidos pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) numa operação realizada no início de Fevereiro «foram libertados por um juiz que decidiu que deviam aguardar julgamento, sabe-se lá quando, em liberdade».

Apelando a que as autoridades «intervenham rapidamente», o também presidente da Comissão para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa sublinhou que «neste momento, no Algarve, na Patã, de novo as mulheres estão na estrada, a serem prostituídas e exploradas sexualmente».

«Não sei se são os indivíduos que foram colocados em liberdade que voltaram imediatamente a actuar, não sei se são as mesmas mulheres que foram libertadas nessa altura desse jugo que estão de novo a serem escravizadas ou se é o esquema mafioso que rapidamente se reconstituiu, mas isto não é admissível», defende o deputado.

E, aproveitando o Dia Internacional da Mulher, Mendes Bota lançou um apelo «a todos os homens», para que «não consumam prostituição em geral, mas sobretudo a que sabem que é forçada», e que denunciem esta última.

O SEF anunciou a 9 de Fevereiro deste ano ter detido nos dias anteriores, em Faro e Aveiro, 12 homens suspeitos de pertencer a uma rede de tráfico de mulheres que eram encaminhadas para a prostituição de rua.

Em comunicado, o SEF referiu que a rede utilizava dezenas de jovens mulheres, algumas menores, que explorava através de «coação física e psicológica violenta», o que incluía a «administração forçada» de estupefacientes.

As vítimas seriam constantemente transferidas dos locais onde se prostituíam, quer em território nacional, quer para outros Estados-membros, sendo vendidas entre os chefes de diferentes redes de tráfico a operar na União Europeia (UE).

A rede de tráfico de mulheres era constituída por homens e mulheres originários do mesmo Estado-membro da UE - não especificado pelo SEF -, tendo sido detidos 12 homens e constituídos mais três arguidos, que foram presentes ao Tribunal de Albufeira.

Durante a operação foram identificadas em situação de exploração cerca de 30 mulheres, presumíveis vítimas do crime de tráfico de pessoas.

Lusa/SOL
 
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